Reconhecer ULS Braga como universitária é “alavanca para fixar talento e atrair ciência”

O presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde de Braga apelou, hoje, ao diretor executivo do SNS para reconhecer esta ULS como universitária.
Na sessão de abertura do Seminário Humanização em Saúde, Américo Afonso lembrou que esta transição será “uma alavanca para fixar talento, atrair ciência, gerar inovação e garantir cuidados mais humanos, mais personalizados e mais preparados para os desafios do futuro”.
“A ULS Braga é, hoje, um centro de formação de ciência e inovação. Anualmente, participamos ativamente na formação de cerca de 1.800 profissionais de saúde, cerca de 600 estudantes de medicina de ensino pré-graduado, 400 médicos internos em formação geral e especializada, 600 estudantes de enfermagem, 152 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, 35 técnicos superiores e 32 técnicos de auxiliar de saúde”, detalhou o presidente.
Além disso, evidenciou ainda, a ULS Braga conta com “ecossistemas de investigação consolidada, com mais de 500 investigadores, mais de 40% dos ensaios clínicos de todas as fases realizados em Portugal e mais de 60% da fase 3”.
“A ULS Braga reúne de forma clara e inequívoca todos os requisitos legais, técnicos e científicos para ser formalmente reconhecida como unidade local de saúde universitária. Na prática, já o somos. Temos todas as valências clínicas de uma ULS central e diferenciada”, referiu ainda.
Américo Afonso lembrou ainda a estreita colaboração com “uma das escolas médicas mais conceituadas do país: a Escola Medicina da Universidade do Minho”. “Contribuímos de forma significativa para o avanço do conhecimento da saúde e para a valorização do SNS”, denotou. Para o responsável, “estes dados são a expressão concreta de um projeto académico, assistencial e científico maduro, que contribui decisivamente para o avanço do conhecimento em saúde e para a qualidade do SNS”. “Estamos preparados para esse desafio e estamos prontos para continuar a construir um SNS mais forte, mais próximo e mais humanizado”, finalizou.
O diretor executivo do SNS, Álvaro Santos Almeida, não se pronunciou sobre o assunto, mas, recentemente, fonte do ministério da Saúde adiantou à RUM que o novo modelo de Centro Clínico Universitário nas Unidades Locais de Saúde universitárias será implementado até ao final do ano. Esta reforma vai assentar em três dimensões: “a concretização de uma carreira de docente-clínico, um novo modelo de governação que junte as faculdades de medicina e os hospitais… e um financiamento que forneça diferenciação e dê suporte à complexidade destas instituições de saúde”.
