Recolhimento das Convertidas volta a debate no ‘Praça do Município’

Mantém-se na posse do Ministério da Administração Interna, está cada vez mais degradado e não tem sido alvo de análise pública por parte da maioria no executivo municipal de Braga. A ideia é que o antigo Recolhimento das Convertidas, localizado na Avenida Central, seja cedido à Comunidade Intermunicipal do Cávado, mas o tempo foi passando e não surgiram novidades, nem depois de um conjunto de associações e movimentos cívicos, com base local e nacional, dirigir um pedido tendo em vista a sua rápida requalificação para ser colocado ao serviço da comunidade com fins culturais. Foi a propósito dos 303 anos da sua abertura, no passado dia 25 de abril.

Localizado na Avenida Central, está classificado como imóvel de interesse público há treze anos. 

Não é a primeira vez que o recolhimento das Convertidas surge como tema de debate no programa da RUM Praça do Município. Este fim-de-semana voltou à discussão com os comentadores presentes, – António Lima e Jorge Cruz, – a criticarem o executivo municipal liderado por Ricardo Rio.

“[O Município de Braga] não fez nada, não tem projeto, não sabe o que quer lá fazer e ainda não se pronunciou sobre esta proposta destas associações todas. Isso é que é importante”, advertiu, chamando a questão do hotel que surgiu entretanto nos edifícios contíguos, autorizado pelo município. “O projeto para o hotel avançou rapidamente. Impermeabilizou uma série de espaço nas traseiras, alterou a cércea dos edifícios ao lado e prejudicou e danificou este [Convertidas]. Havia lá uma cruz de braço duplo que eles partiram e que desapareceu. Colocaram lá outra”, denunciou também. Ora, Lima considera que o município deve “tomar iniciativa”. 

Também Jorge Cruz admitiu não compreender a situação depois de anos e anos sobre a mesma discussão. Tal como António Lima fez referência ao hotel inaugurado há alguns meses mesmo ao lado do Recolhimento. “Discutimos isto há anos e em poucos meses se resolveu o problema de um edifício que, além do mais, é implantado numa área que deveria ser de proteção àquele imóvel. O hotel teve portas abertas, pelos vistos, em todo o lado, dada a rapidez inusual. Qualquer empreendedor sabe que anda de um lado para o outro para conseguir os licenciamentos e estes conseguiram logo”, alertou.

Na ótica do comentador, o município de Braga está a “ignorar o problema” das Convertidas, vincando que “não quer saber, aparentemente, daquilo que se passa”. E vai mais longe: “Parece estar à espera que aquilo caia para, eventualmente, enfim, ali nascer outra coisa ou crescer qualquer coisa para aqueles lados”, ironizou.

Sobre a proposta apresentada pelas associações, António Lima subscreve enquanto Jorge Cruz admite que o projeto “tem pernas para andar”.

Ao que a RUM apurou junto de fonte do município de Braga, não há qualquer desenvolvimentos sobre a eventual cedência daquele imóvel para a Comunidade Intermunicipal do Cávado.

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Elsa Moura
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