Realizadora famalicense faz estreia internacional no Trinidad e Tobago Festival

O primeiro filme de Alexandra Guimarães é emitido no Trinidad+Tobago Film Festival, que começa esta quarta-feira e se desenrola até terça-feira da próxima semana. Trata-se da primeira indicação internacional de ‘Musgo’.
Voltado sobretudo para o cinema caribenho, o evento abre portas também a obras etnográficas provenientes de outras culturas. Nesse sentido, em entrevista à RUM, a realizadora famalicense mostra-se “contente” por integrar o lote de um festival que “já acompanha há algum tempo”.
O filme leva já três nomeações, visto que competiu na secção ‘Take One’, do Curtas Vila do Conde, em julho, e está na corrida para o Grande Prémio Nacional do FEST – Festival Novos Realizadores /Novo Cinema, que decorre em Espinho no próximo mês.
‘Musgo’, lançado este ano, é da autoria de Alexandra Guimarães e de Gonçalo L. Almeida. De acordo com a famalicense de 22 anos, a curta-metragem é uma obra de ficção sobre a cultura transmontana, filmada em aldeias de Montalegre e Bragança, “muito voltada para determinados rituais pagãos que ainda acontecem na região”. “Segue o ciclo de vida em Trás-os-Montes”, acrescenta.
Este primeiro trabalho começou a ser produzido no curso de Cinema e Audivisual na Escola Superior Artística do Porto. Já com a licenciatura terminada, Alexandra Guimarães pretende manter-se no registo de coautoria, mas experimentando géneros de cinema diferentes.
“Estamos já a pensar no próximo trabalho. Concluímos o argumento há poucas semanas e será uma comédia meia surrealista”, adianta, alertando para a hercúlea missão de “arranjar os recursos necessários” antes de avançar para as filmagens.
