Re-Coffee. Uma alternativa vegan para os pés e com aroma a café
Foi numa esplanada que nasceu uma ideia “pioneira” que promete reinventar a indústria do calçado, isto através da utilização de um material pouco convencional, as borras de café. Rui Monteiro, estudante de mestrado de Engenharia de Materiais, é o autor desta marca vegan, a Re-Coffee.
Quatro anos depois, aquilo que começou como um projecto a nível pessoal para a dissertação de mestrado, está no mercado e já foi reconhecido com o selo Famalicão Visão 25, na categoria Famalicão Made IN.
Neste momento, a Re-Coffee possui apenas um modelo, a Kaffa, que é unissexo e está disponível em seis cores: Caramel, Coffee, Latte Pingatto, Late Machiatto, Matcha e Red Velvet. Todos com aroma a “café acabado de fazer”.
Para chegar a este produto final foi fundamental perceber as “propriedades químicas e físicas da borra de café e o que poderia ser adicionado” a este material. Um processo que foi desenvolvido na UMinho. “Uma vez que a borra de café chega com bastante humidade do fornecedor” é preciso proceder a um processo de “secagem”.
Por conseguinte, a borra de café que é reciclada e a borracha que é reaproveitada da indústria do calçado são utilizadas, “50-50%”, para criar a “coffee leather” da sapatilha assim como a sola. Já o interior, segundo o responsável, é composto por fibras de coco. Todas as sapatilhas são impermeáveis.
Este é um produto “cruelty free” em que todos os testes da sola e palmilha foram concretizados pela equipa da Re-Coffee. Para os mais sépticos fica a garantia de que estas sapatilhas são “100% impermeáveis”, logo “não se desfazem”. “Tenho o primeiro protótipo há dois anos e ainda cheira a café”, afirma Rui Monteiro. Os preços rondam os 120 euros.
O jovem empreendedor revela que têm recebido encomendas da Alemanha, Suíça e dos Estados Unidos da América. A curto prazo a Re-Coffee irá lançar dois novos modelos: “uma sapatilha do género bota e um sapato clássico”. A marca “não pretende ficar exclusivamente dedicada às sapatilhas”, por isso, a longo prazo irá apostar, a título de exemplo, em “materiais de revestimento para paredes”.
