“Queremos igualdade. Se os nossos restaurantes têm que encerrar o da AR também tem”

A União de Restaurantes do Minho (URMINHO) pede “justiça e igualdade” nas medidas adotadas para o setor. 

O restaurante da Assembleia da República continua em funcionamento, em regime de exceção, para responder, durante o mês de janeiro, às necessidades, em particular, de deputados que, estando deslocados, têm dificuldade em encontrar soluções para jantar”. A situação levou a URMINHO a instaurar uma providência cautelar “contra a Assembleia da república e contra a Nordigal – Indústria de Transformação alimentar, S.A”.

“Somos obrigados a estar encerrados e também temos muitos clientes empresários que deixaram de jantar e almoçar. Queremos igualdade. Se os nossos restaurantes têm que estar encerrados, o da Assembleia da República também tem. Seos nossos são foco de contágio, o da Assembleia também é”, disse à RUM, Tiago Carvalho, representante da associação. A URMINHO sugere, assim, o “encerramento do restaurante, embora não na totalidade, mas que trabalhe nos moldes em que os outros empresários da restauração trabalham”.  

Tiago Carvalho pede “justiça”, uma vez que tal como tal como os trabalhadores que procuram os restaurantes, “os deputados não são imunes à Covid-1”, lembrando que “há já casos de infeção no Governo” e que os restaurantes foram, desde o início “fortemente afetados pela pandemia” por serem considerado um ponto de contágio.

“Enviamos uma providência cautelar para o Supremo Tribunal, que esperamos que, com a brevidade possível, tome a sua decisão”, referiu. 


“Em Braga há restaurantes com mais de 20 anos a fechar”

No Minho, os empresário da restauração vivem uma situação de “desespero e frustração”. Segundo Tiago Carvalho, em Braga “há restaurantes, com mais de 20 anos, que estão a fechar”. “No centro da cidade, por exemplo, há restaurantes que dependiam do turismo e do trabalho ali à volta. Com os trabalhadores em teletrabalho não há clientes e o take-away não serve para todos”, disse o representante da URMINHO. 

Para Tiago Carvalho, os empresários que resistirem a esta fase difícil vão demorar “três a quatro anos a reverter a situação”. 

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Liliana Oliveira
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