PSD Guimarães defende BRT a ligar o concelho e comboio a unir o quadrilátero

O centro da cidade de Guimarães ligado às vilas, através do Bus Rapid Transit (BRT), e a ligação ao quadrilátero urbano feita por ferrovia. É esta a solução apresentada pela concelhia vimaranense do PSD, para os problemas de mobilidade da região.

Em entrevista à RUM, no dia em que termina a discussão pública do Plano Ferroviário Nacional (PFN), o presidente da concelhia de Guimarães do PSD, Ricardo Araújo, sublinhou que a prioridade deve ser “a resolução dos problemas de mobilidade intraconcelhios”, seja “a ligação do centro da sua cidade até às suas principais vilas, nomeadamente na ligação a norte às Taipas, a oeste até Ronfe e também a sul até Lordelo”. Neste caso, a o social democrata defende “a construção de uma via dedicada a transporte público, o BRT”.


A ligação de Guimarães ao quadrilátero urbano, Braga, Barcelos e Famalicão, e também à futura estação de alta velocidade são também preocupações apontadas pelos sociais democratas, que, no último caso, defendem que a estação de alta velocidade se localize “entre o triângulo de Guimarães-Braga-Famalicão, nomeadamente, por exemplo, na freguesia de Escudeiros, em solo bracarense”, considerando que é o local estratégico que mais interessa à região e não apenas a Guimarães.


Ricardo Araúja aponta a necessidade de “defender, reiterar e reafirmar a importância estratégica de melhorar a ligação ferroviária de Guimarães ao Porto, nomeadamente com algo que é obrigatório, que é o regresso Alfa Pendular a Guimarães, que foi cancelado no tempo da pandemia e nunca mais regressou”. “A requalificação e duplicação da via férrea, para permitir aumentar o serviço rápido ao Porto e os serviços de longa distância, e a ligação de Guimarães a Braga e ao quadrilátero” são também aspetos que o PSD quer ver abrangidos pelo PFN.

Guimarães “corre o risco de ficar a ver passar os comboios”

“Guimarães é o único concelho do quadrilátero que não tem ligação direta ferroviária. Portanto, do nosso ponto de vista, faz todo o sentido que o PFN, que é um documento de médio/longo prazo e que visa ter uma dimensão estratégica do planeamento da ferrovia a nível nacional, tenha previsto fechar a malha ferroviária e que Guimarães também possa ter essa ligação a Braga, por ferrovia”, justificou o líder do PSD Guimarães.

O BRT, esclareceu ainda, “é uma solução de mobilidade essencialmente intraconselhia, que são vantajosos por serem mais rápidas e mais baratas”. “Guimarães também devia ter o seu próprio projeto de BRT para resolver os problemas de mobilidade internos. Naturalmente, depois, os sistemas de mobilidade de Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos, devem estar interligados”, reforçou.

A concelhia vimaranense do PSD deixa ainda críticas ao executivo municipal, liderado pelo PS, por “correr o risco de ficar a ver passar os comboios”. “Enquanto, neste momento, Braga já tem 100 milhões de euros garantidos para financiar a sua solução interna de BRT e já tem assegurado que a estação de alta velocidade vai ser instalada no seu concelho, Guimarães não tem nada garantido”. Ricardo Araújo defende ainda que a solução de mobilidade para o quadrilátero “devia ter sido consertada entre os quatro municípios e devia ser uma reivindicação dos quatro”. 

Partilhe esta notícia
Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
O Cubo
NO AR O Cubo A seguir: Music Hal às 01:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv