PSD e PCP pedem explicações sobre incidentes em Guimarães
Ministro da Administração Interna e presidente da câmara são os visados.
O PSD e o PCP manifestaram, esta quarta-feira, desconforto com os acontecimentos verificados na última noite, em Guimarães. Mais de uma centena de adeptos, a maioria afetos aos croatas do Hajduk Split, provocaram desacatos no centro histórico.
Do lado dos sociais democratas, em representação do grupo parlamentar, o deputado André Coelho dirigiu uma pergunta a José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna: “Como explica o senhor ministro que não tenha sido possível antecipar estes eventos, tal-qualmente ao que tem sucedido em tantas outras situações análogas que têm lugar no nosso país?”.
No seu entender, “o país pôde ver tudo isto”, sem que um “único agente policial” tenha agido. Trata-se de um episódio que, segundo os deputados do PSD, revela que a atuação da polícia “falhou”. “Há uma falta de previsão e de planeamento daquilo que podia acontecer”, refere.
Este caso mereceu ainda a censura da Associação Vimaranense de Hotelaria, bem como do autarca da cidade de Guimarães. Segundo André Coelho Lima, as declarações são “consideradas vexatórias do ministro da Administração Interna, na medida em que se vê ser necessário que seja um autarca, em declarações públicas, vir publicamente «pedir» ao titular da pasta que exerça a sua função”.
CDU quer explicações e critica partidos por “recusarem investimentos”
Também em comunicado, o grupo municipal da CDU mostra-se preocupado com “a confirmação de falta de meios, de articulação e de medidas preventivas” referidas por Domingos Bragança.
Lamentando o facto de “o presidente da câmara estar a procurar alhear-se de quaisquer responsabilidades”, considera que é “necessário perceber o que se passou e tomar medidas para que não se voltem a repetir situações desta natureza”.
“A necessidade de reforço dos efetivos e meios da PSP para que se garanta a segurança dos vimaranenses e de quem visita o concelho é uma questão há muito identificada e à qual os partidos que integram a CDU deram sucessivas vezes expressão em intervenções na Assembleia da República e na Assembleia Municipal. Sucessivamente, PS, PSD, CDS, IL e Chega recusaram investimentos neste sentido”, acrescenta.
