PSD de Guimarães sugere que PS usa obras para persuadir candidatos de freguesias a mudarem de partido  

A oposição na Câmara de Guimarães acusou hoje a autarquia de aliciar candidatos das freguesias a mudarem-se para o PS com a promessa de terem projetos nos respetivos territórios.


Em causa, está a atribuição de um subsídio de quase 160 mil euros para a ampliação de uma IPSS na União das Freguesias de Souto Santa Maria, Souto São Salvador e Gondomar, a qual é liderada por Fernando Cardoso, autarca da coligação Juntos por Guimarães, composta pelos partidos do PSD e CDS-PP, mas que vai concorrer às eleições autárquicas deste ano pelo PS.

A proposta foi esta segunda-feira levada a votos na reunião de executivo pública mas acabou por ser retirada da ordem de trabalho por ter imprecisões sobre o local e a matriz do projeto. Apesar da retirada, não deixou de fazer correr tinta na reunião, com o vereador sem pelouro do PSD, Hugo Ribeiro, a insinuar que Fernando Cardoso só mudou de partido porque tinha a promessa de lá ver instalado o projeto da IPSS.


“Acho que a liberdade está condicionada aos interesses instalados e amarrada ao dinheiro do município”, começou por dizer o vereador aos jornalistas, no final da reunião, acrescentando que “não é de bom tom, nem correto” que “não se respeite as escolhas dos cidadãos” e que “se faça uma estratégia de persuasão aos candidatos legitimamente eleitos”.

O vereador foi mais longe nas críticas e questionou a alegada atuação do PS com a pergunta: “É este o preço da liberdade?”, dando ainda a entender que mais obras foram prometidas a candidatos que são atualmente da coligação Juntos por Guimarães.


Na resposta às acusações, o presidente da Câmara, Domingos Bragança – que não esteve presente fisicamente na reunião por estar em isolamento profilático – classificou a declaração de Hugo Ribeiro como “indecente”, assinalando que a atribuição de subsídios não deve ser suspensa só por causa do período pré-eleitoral.


No final da reunião, também a vice-presidente do município, Adelina Paula Pinto, foi questionada sobre o assunto e rotulou a acusação feita pela direita como “falta de ética”, vincando que o projeto em causa está em desenvolvimento “há mais de dois anos” e que “nunca” houve qualquer “questão partidária” colocada em cima da mesa.

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Pedro Magalhães
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