PSD acusa CMG de não dar reposta atempada para transporte escolar

Bruno Fernandes, vereador social-democrata na Câmara Municipal de Guimarães, denuncia a falta de transportes públicos para os estudantes do 11º e 12º anos no regresso às aulas presenciais, esta segunda-feira. O tema foi debatido na reunião do executivo que decorreu esta manhã por videoconferência.
O vereador da oposição declara que “mais uma vez o município não tratou de preparar a resposta necessária dentro do tempo que era exigido”. Bruno Fernandes recordou que há cerca de duas semanas já era conhecida a intenção, por parte do Governo central, de avançar, ainda que de forma parcial, com o regresso do ensino presencial para os alunos do secundário e que por essa razão a resposta do executivo liderado por Domingos Bragança deveria ter sido “excepcional e rápida”, o que no seu entender não aconteceu.
Aos jornalistas, o vereador do PSD deu a conhecer um comunicado da Escola Secundária das Taipas, enviado este domingo aos alunos. Na nota pode ler-se que a escola “continua à espera de informação da Câmara Municipal de Guimarães” relativamente ao transporte. Deste modo, cada aluno deve acautelar o transporte por recurso ao serviço essencial, que se encontra disponível regularmente (…) ou por recurso a transporte de um familiar”.
O vereador da oposição reconhece que este é um processo, uma vez que muitas das transportadoras estão em lay-off, mas sublinha que esta não é uma realidade apenas no concelho de Guimarães. “Nos outros concelhos também existem estas problemáticas e está tudo a correr bem”, refere.
Na opinião do social democrata, a Câmara de Guimarães como autoridade de transportes deveria ter utilizado as suas verbas, no âmbito do Plano de redução tarifária, para “fazer circuitos especiais que acautelassem o transportes dos alunos”.
Câmara Municipal de Guimarães teve apenas dois dias para preparar regresso às aulas presenciais.
Questionada pelos jornalistas sobre o comunicado da Escola Secundária das Taipas, a vereadora com o pelouro da Educação na Câmara Municipal de Guimarães admitiu desconhecer o caso, deixando no entanto a garantia de que “irá averiguar a situação”.
Adelina Paula Pinto confessa que todo este processo de regresso às aulas presenciais “foi complicado”. Em primeiro lugar a vereadora destaca o facto da maioria das transportadoras estar em lay-off. E por último, o facto dos serviços municipais terem analisado “caso a caso a situação de cada aluno do concelho”.
“Estamos a assumir esta responsabilidade que é difícil de gerir. Isto tendo em conta o número de alunos de diferentes zonas do concelho para as várias escolas”, afirma. Além disso, Adelina Paula Pinto adianta que foram feitas “sucessivas alterações, nomeadamente sobre o número de disciplinas a leccionar e horários de cada turma. Recebemos a informação na quinta-feira, 14 de Maio. Só tivemos quinta e sexta-feira para agilizar processos com as empresas. Entre hoje e amanhã (terça-feira) penso que as situações estarão resolvidas”, declara.
Apesar de não conhecer ao certo quais as zonas mais afectadas pela falta de transporte, a vereadora admite que os casos mais preocupantes sejam nas freguesias de Airão e Briteiros.
Adelina Paula Pinto sublinha que devido à pandemia de Covid-19 a autarquia teve de proceder a uma “nova contratação de serviços”. Um investimento considerável que era necessário, sendo que “os contratos em vigor não respondem minimamente ao caderno de encargos previamente desenhado”.
