PS quer que CMB disponibilize terrenos municipais para aumentar oferta de habitação

O PS Braga quer que a Câmara Municipal disponibilize terrenos às empresas de construção para aumentar a oferta de habitação no concelho, sobretudo para a classe média e os jovens. Em causa está a aposta em modelos de construção não tradicionais, mas de rápida execução, a custos controlados.

Em conferência de imprensa, esta quarta-feira, o vereador Artur Feio lembrou que, em Real, foi construído um complexo habitacional, em terrenos municipais, um exemplo que considera ser necessário replicar.

“Há muito dinheiro para apoiar, sobretudo, na perspetiva do 1.º Direito, intervenções em casas com pouca salubridade, sendo que o problema é a vergonha das pessoas em admitir essas necessidades”, começou por dizer Artur Feio.

Enaltecendo “algumas possibilidades” encontradas pelo município ao nível da habitação acessível, o socialista diz não serem suficientes e fala de uma “carência de habitação emergente”. Nesse sentido, o PS “entende que o município deve, urgentemente, colocar ao dispor das indústrias de construção da cidade terrenos”, como medida de “arrefecimento do mercado”, que continua a praticar preços elevados.

Os empresários do setor, como o grupo DST ou a Casais, têm, diz Artur Feio, “um know-how absolutamente único”, nomeadamente no que diz respeito ao “sistema construtivo inovador e sustentável”, com construções “rápidas e eficientes”.

“Precisamos de envolver os industriais da construção em Braga e desafiá-los, apelando à sua responsabilidade social, e, com o município, disponibilizar solo, para que a construção pudesse ser feita de imediato”, afirmou o vereador da oposição, apontando como público-alvo, sobretudo, “a classe média e os jovens, que se querem emancipar”.

Braga corre o risco de perder população jovem, por “não terem como se fixar na cidade”

Artur Feio explicou ainda que “para que os custos fossem controlados” seria necessário “criar um caderno de encargos transversal e que se negociasse um limite de margem, num regime muito claro tipo ‘open book’, custos diretos reais e uma margem real negociada”, para evitar “especulação sobre o preço final, ou seja, colocando estes imóveis no mercado, a um preço igual para todos”.

Em Real, onde decorreu a conferência de imprensa, há um complexo habitacional que, nas palavras de Artur Feio, resultou de uma sugestão endereçada pelo PS ao presidente da Câmara, Ricardo Rio, de um terreno que foi colocado em hasta pública e foi possível avançar com a construção. “O município de facto é o maior detentor de terrenos do concelho e, portanto, tem a obrigação de identificá-los e disponibilizá-los”, acrescentou. O PS acredita que é possível “massificar a construção, sem segregar a população”.

“Não temos que esperar que o Plano Diretor Municipal (PDM) esteja concretizado para avançarmos com soluções, que têm a ver com fixar as pessoas na cidade de Braga”, referiu ainda Sílvia Sousa. A vereadora do PS teme que, se nada for feito, Braga corre o risco de perder população jovem, por “não terem como se fixar na cidade”. “Isto é algo que deve preocupar o executivo, que deve procurar uma resposta já. Eu creio que os jovens nesta equação têm sido esquecidos e não podem, porque a cidade só vai continuar a crescer se os jovens não se forem embora”, disse ainda. 

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Liliana Oliveira
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