PS quer Polícia Municipal junto a escolas de Braga em hora de ponta

A bancada do Partido Socialista na Assembleia Municipal de Braga sugeriu ao executivo que reforce a presença da Polícia Municipal nas imediações das escolas mais movimentadas do concelho onde em horas de ponta se instala o caos.
Na Assembleia Municipal de Braga desta quinta-feira, que decorreu no Altice FORUM Braga, Francisco Silva, deputado e presidente da União de Freguesias de Real, Dume e Semelhe denunciou o caos e a insegurança visível em várias zonas escolares do concelho, nomeadamente em Real.
“Algumas das zonas escolares são um pandemónio em termos de circulação rodoviária, a maioria das vezes fruto de estacionamentos ilegais, impedindo a circulação de peões e dos outros veículos”, avisou, dando nota de que a zona escolar de Real, com cerca de 1700 alunos “é um exemplo desse pandemónio” nomeadamente à hora de entrada e de saída das escolas.
Por isso, sugere uma articulação que permita a presença da Polícia Municipal, pelo menos nas zonas escolares mais problemáticas. Francisco Silva considera que a presença de um ou dois agentes nas horas mais complicadas garantirá a segurança e a circulação regular de trânsito. O deputado socialista sugere ainda uma análise às zonas escolares do concelho, assegurando “meios ou estruturas para que os automóveis não estacionem nem circulem em cima dos passeios”.
João Marques, deputado do PSD disse compreender as preocupações da bancada socialista, mas assinalou que é “impossível” responder a todos estes problemas por falta de efectivos na Polícia Municipal e por acumulação de diferentes responsabilidades. “Quem me dera que Braga como outras cidades pudessem todos os dias, a todas as horas críticas, ter membros de fiscalização por parte da Polícia Municipal”, respondeu. Admitindo a hipótese da passagem pontual de elementos da Polícia Municipal nalguns estabelecimentos “servindo como um factor dissuasor desses comportamentos”, o social democrata sublinhou que os elementos da Polícia Municipal têm mais responsabilidades e a PSP também não tem um corpo de efectivos tão reforçado que permita uma resposta diferente.
Já a CDU, na voz da deputada Bárbara Barros sugeriu outras medidas de mobilidade, como o transporte escolar que, a médio e longo prazo, pode evitar a concentração excessiva de viaturas à porta das escolas. Na opinião dos comunistas, a Polícia Municipal não pode ser reforçada para esgotar todas as suas competências no policiamento das escolas.
O Bloco de Esquerda acusou a CMB de não assumir as suas responsabilidades nesta matéria. António Lima lembrou que há soluções. Dando o exemplo do trânsito “caótico” na rotunda de Ínfias à hora de saída dos alunos, referiu que os mesmos “saem a conta gotas” e interrompem sistematicamente a passadeira. “O colégio devia ter alguém na passadeira que juntasse os alunos para passarem em grupo”, sugeriu, lembrando que é uma prática comum noutros países. António Lima criticou ainda João Marques por afirmar que a CMB “tem feito o que deve ser feito”. “Não tem senhor deputado, não tem feito e há milhentas soluções. Os munícipes ficam estupefactos se se lhes diz que a câmara tem feito o que deve ser feito”, ironizou.
A recomendação do Partido Socialista foi aprovada com catorze abstenções.
