PS desafia CMB a acolher contributos da oposição para estratégia de mobilidade a longo prazo

O Partido Socialista de Braga defende que o executivo liderado por Ricardo Rio deve ouvir os contributos dos partidos com assento na assembleia tendo em vista a definição de uma estratégia de mobilidade a longo prazo para resolver o flagelo do trânsito na cidade e promover um verdadeiro uso do transporte público.
A comissão política concelhia reuniu na noite de terça-feira para discutir a situação política concelhia local tendo como tema central a mobilidade, matéria “central” que deve “ser objeto de um debate muito mais abrangente, muito mais plural e plurisetorial com organizações do setor”. Para os socialistas, “só coletivamente é possível olhar com uma visão prospetiva, corajosa, ambiciosa que comprometa todos”.
Com várias críticas à governação da coligação Juntos por Braga em matéria de mobilidade, os socialistas consideram que “não há estratégia” nem debate para aquela que é “uma área crucial”. “Há um conjunto de áreas que devem estar acima das questões partidárias”, sustenta.
A instalação da primeira fase do BRT via Plano de Recuperação e Resiliência também “preocupa” o PS Braga que diz que a câmara municipal de Braga ” não sabe muito” sobre o que vai ser feito na cidade até 2026. Também aqui, Pedro Sousa refere que uma governança “mais descentralizada e debatida permitirá soluções com um traço mais fino”.
A revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) é outro dos pontos que merece reflexão na opinião dos militantes socialistas de Braga. Pedro Sousa alerta para a necessidade de alterações que permitam mais vias dedicadas ao transporte público, temendo que esse trabalho não esteja a ser feito. “Ninguém vai trocar o seu automóvel para o transporte coletivo enquanto o transporte coletivo não cumprir horas. Para cumprir horas e não ficar preso no trânsito tem de ter via dedicada e para ter, temos que fazer alterações profundas no PDM e pensar o desenho da cidade em algumas áreas fundamentais”, argumenta.
Os socialistas acusam o executivo de Ricardo Rio de não promover a democracia participativa, crítica que anteriormente era feita pela própria coligação de direita aos sucessivos executivos socialistas liderados por Mesquita Machado.
