PS defende remunicipalização da AGERE com base nos resultados da empresa

“O resultado líquido da AGERE permite, por si só, pensar na remunicipalização da empresa”. A convicção foi vincada pelo PS, esta terça-feira, na reunião de câmara de Braga, depois de conhecer o documento referente à prestação anual de contas das empresas municipais.
De acordo com o relatório, o saldo cifrou-se nos 7,8 milhões de euros, mais 0,9 milhões do que em 2021. Para Artur Feio, esse excedente poderia ser utilizado para “a internalização” da estrutura, cujos privados têm uma participação de 49%. O socialista considera que “a lógica de que o município não tem dinheiro nem capacidade de endividamento é falaciosa”. “A empresa pode ser paga com os próprios resultados que cria e gera”, sinaliza.
Duas semanas antes, o executivo aprovou o contrato de gestão delegada entre a AGERE e a autarquia, válido por dez anos. Na altura, o presidente da câmara recusou a ideia de que o novo acordo afaste a remunicipalização. No entanto, os valores, em caso de alienação, rondam os 60 milhões de euros, verba que não está, nesta fase, ao alcance da autarquia, segundo Ricardo Rio.
