PS defende construção de “um grande espaço verde na zona da Bosch”
O Partido Socialista acusa a maioria de direita que lidera a Câmara de Braga de vender o Parque das Sete Fontes como uma salvação à cidade, mas, no entender dos socialistas, o verdadeiro parque verde da cidade deve nascer junto à Bosch. A Câmara de Braga aprovou, na última reunião do executivo, a Unidade de Execução 6 do Plano de Urbanismo das Sete Fontes. Os vereadores socialistas abstiveram-se.
“Os bracarenses têm que ter a noção que o Parque das Sete Fontes não será um parque plano. Será um parque com uma dificuldade grande de mobilidade dado a orografia a e as cotas do terreno”, começou por afirmar Artur Feio. Para o socialista, este projeto “está a ser vendido como uma grande salvação à cidade”, mas, na opinião do PS, “deve ser repensada uma outra zona de intervenção de um grande espaço verde, na zona da Bosch, que pode vir a ser, de facto, o parque mais plano da cidade”. Artur Feio não acredita que a coligação de direita que lidera os destinos da autarquia consiga concretizar até ao final do mandato o Parque das Sete Fontes e lamenta que tenham descartado um plano pormenor feito pelo PS, para apresentar “um plano exatamente igual, com capacidade construtiva ainda maior”.
Uma visão diferente tem Ricardo Rio, que garante que suspendeu “o PDM nas Sete Fontes, evitando um volume de construção muito superior do que o que agora vai avançar, bem como foi possível reverter a opção da variante que ia atravessar o ecoparque e ameaçava a salvaguarda do complexo patrimonial”.
A maioria encetou, “a partir daí, este processo das unidades de execução para formatar o parque”. “São mais de 20 e têm sido feitas negociações com os proprietários, havendo, nessas unidades, área reservada para construção, para espaço verde e florestal”, explicou o autarca.
Neste sentido, Ricardo Rio continua “à espera que o ministério da Saúde ceda uma parcela considerável, que está há vários anos em tramitação”. Por enquanto, a aprovação destas unidades permite que “uma parcela de terreno possa ser de imediato libertada”.
