Protocolo entre UMinho e Ceiia cria “condições únicas em Portugal” no setor aeroespacial

A Universidade do Minho e o CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto firmaram, esta terça-feira no Teatro Jordão, um protocolo de colaboração que cria “condições únicas em Portugal” quer para os estudantes quer para os investigadores das duas entidades.
De acordo com o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, a partir deste momento será possível para os alunos da academia minhota realizar estágios nas instalações do Ceiia, assim como uma maior mobilidade de recursos humanos entre instituições para aprofundar projetos de investigação.
O ´Guimarães Space Hub`, um polo tecnológico que tem como objetivo a promoção da área do aeroespacial, já tem atribuída uma primeira missão que passa por controlar um conjunto de 16 satélites para a monitorização do Atlântico e das florestas, que será construído pelo consórcio liderado pela empresa portuguesa GeoSat, até ao final de 2025, e, a partir da cidade berço.
Para o presidente do Município de Guimarães, Domingos Bragança, este é um polo estratégico para a região, uma vez que irá permitir fixar capital humano assim como atrair empresas.
Do lado do CEiia, José Rui Felizardo, garante que este não será um “protocolo vazio de significado”. “Não estamos aqui pelas instalações, mas sim pelo desafio que é poder colaborar de forma mais direta com o curso de Engenharia Aeroespacial”, afirma. Para demonstrar o seu compromisso com o futuro, o responsável anunciou a intenção de alargar a colaboração na região às escolas secundárias a partir do projeto ´STEAMER`.
De forma provisória, o Guimarães Space Hub ficará instalado no Centro Cultural Vila Flor.
Requalificação da antiga Fábrica do Arquinho deverá custar entre 10 a 12 milhões de euros.
O financiamento não está garantido, mas o presidente do Município de Guimarães, Domingos Bragança, acredita que as novas instalações do curso de Engenharia Aeroespacial e da Fibrenamics serão uma realidade dentro de três anos. O compromisso, diz, está assumido com a Universidade do Minho e agora com o CEiia, logo o concurso para a obra será para lançar “ainda no primeiro semestre”. Quanto à linha de financiamento, o autarca aponta ao Plano de Recuperação e Resiliência ou ao Portugal 2030.
O projeto, integrado na zona classificada património da UNESCO, pretende criar um espaço de atravessamento de uso público entre a zona norte e sul da rua da Caldeiroa. De forma provisória, o Guimarães Space Hub ficará instalado no Centro Cultural Vila Flor.
