Projeto que envolve UMinho pode ajudar “a mudar a economia”

A academia minhota está inserida no projeto Lusitano, orçado em 120 milhões de euros e que conta com o apoio do Plano de Recuperação e Resiliência.

O primeiro-ministro considera que o projeto Lusitano é um exemplo da aproximação que deve haver entre o setor empresarial e a academia. António Costa visitou, esta sexta-feira, a Riopele, em Vila Nova de Famalicão, no âmbito do ‘Roteiro PRR’.

O consórcio, que junta mais de uma dezena de entidades, conta com a colaboração da Universidade do Minho, através do 2C2T – Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil e da Associação Fibrenamics – Instituto de Inovação em Materiais Fibrosos e Compósitos. O objetivo é apresentar soluções têxteis sustentáveis.

Sendo esta uma das 43 agendas mobilizadores, o chefe do Governo enfatiza que um dos requisitos obrigatórios contempla a presença de centros de investigação e tecnológicos. “Depois de anos a ouvir o discurso que é preciso aproximar as empresas das universidades, passamos das palavras aos atos. A melhor forma de o fazer é colocar como condição de acesso a inclusão do sistema científico e tecnológico”, desenvolve.

Com o projeto Lusitano, a previsão é que o valor dos produtos gerados atinja os 79 milhões de euros. Somando às outras agências mobilizadoras, o montante rondará os 8.700 milhões, algo que, segundo António Costa, vai ajudar “a mudar a economia do país”.

Apoiado pelo PRR, a iniciativa, orçada em 120 milhões de euros, insere-se na Agenda Mobilizadora para a Inovação Empresarial da Indústria Têxtil e do Vestuário de Portugal e pretende acelerar a transformação estrutural da ITV nacional através da aposta na investigação e desenvolvimento de novas soluções baseadas em fibras naturais e/ou recicladas, na produção de fio reciclado/natural, mas também na procura de soluções energéticas e de gestão de recursos para sector.

Igualmente presente na visita, o ministro da Economia mostrou-se “muito fascinado com todo o movimento existente no chão de fábrica da indústria têxtil nas empresas do Vale do Ave”. António Costa e Silva considera que o projeto poderá “transformar o setor”, ao reconfigurar a cadeia de produção através da inovação tecnológica, e reforçar a sua posição na “primeira linha da competitividade internacional”.


EN 14 e escolas profissionais no horizonte do PRR

O presidente da Câmara de Famalicão, Mário Passos, aproveitou a visita do Governo – a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, também fez parte da comitiva – para alertar para a importância de melhorar as acessibilidades, dando os exemplos da variante à EN 14, cuja obra está em execução e que vai conectar com o concelho da Trofa, e a construção de uma alternativa à Ponte da Lagoncinha, na ligação a Santo Tirso.

Sobre este assunto, António Costa refere que o PRR pode contribuir para o financiamento da estrada nacional, falando num “investimento que terá impacto no futuro”.

Noutro âmbito, o primeiro ministro explica que está prevista a criação de 300 centros tecnológicos especializados para alocar às escolas profissionais, no sentido de “reforçar a qualidade” desse tipo de ensino. Foi mais uma resposta ao autarca, que lamentou “o investimento em duplicado” que acontece nesta área.

“As escolas cumprem o catálogo nacional das qualificações, mas depois as empresas têm de gastar mais dinheiro para voltar a requalificar, de modo a que possam adequar a mão de obra. Estamos a gastar duas vezes dinheiro para o mesmo objetivo”.

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Tiago Barquinha
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