Projeto alimentar liderado pelo INL quer ajudar idosos com Alzheimer e Diabetes

Uma equipa do Laboratório Internacional de Nanotecnologia (INL), liderada por Lorenzo Prastana  trabalhou, ao longo dos últimos cinco anos, no desenvolvimento de ingredientes, alimentos e dietas direcionados a idosos, com o objetivo de atuar contra as doenças de Alzheimer e Diabetes. A primeira fase do projeto europeu denominado (FODIAC) Food for Diabetes and Cognition, envolveu mais de cinquenta pessoas e está concluída.

Neste período de cinco anos, o INL foi o ponto de ligação entre o mundo académico e empresarial com uma ideia muito vincada: melhorar a qualidade de vida da população mais velha. “O projeto trata de desenvolver alimentos, ingredientes e dietas para os idosos tendo em vista a melhoria do seu estado de saúde em dois âmbitos: a diabetes e os problemas cognitivos”, começa por sustentar o investigador, em entrevista à RUM.

Com este trabalho científico foram desenvolvidos sistemas para o aproveitamento de produtos alimentares com bioatividade antioxidante e anti-inflamatória. O projeto contou com entidades académicas de Portugal, Espanha, Itália, Suécia e Inglaterra, mas também empresas da área alimentar, fator destacado pelo investigador espanhol. “O projeto fez a ligação entre o mundo académico e o mundo empresarial. Temos empresas que estão a produzir extratos de substâncias bioactivas que vão permitir lutar contra a diabetes e a Alzheimer, empresas que desenvolvem ingredientes alimentares, que desenvolvem dietas, incluindo empresas que têm lares”, revela, acresecentando que o trabalho de investigação desenvolvido nesta primeira fase resultou ainda numa “excelente produção científica” com a publicação de mais de vinte artigos na área alimentar.

A próxima fase é destinada aos ensaios clínicos. “Agora temos tudo preparado, temos todos os alicerces para fazer ensaios clínicios que nos vão permitir saber se o que temos no laboratório realmente funciona”, acrescenta.

Confiante no trabalho que se seguirá, Lorenzo Prastana confessa que o projeto FODIAC se destaca pelo facto de identificar “problemas significativos, sem solução evidente, servindo para desenvolver conhecimento e com uma aplicação concreta”.

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Elsa Moura
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