Programa d’A Oficina adapta-se à pandemia e envolve o público

Foi apresentada, esta sexta-feira, a programação da Oficina para os últimos meses de 2020, com destaque para o aniversário do CCFV.
Setembro é o mês do aniversário do Centro Cultural Vila Flor (CCVF). Em 2020, o espaço cultural vimaranense comemora 15 anos, a 12 de Setembro.
Teresa Salgueiro e Orquestra de Guimarães no concerto dos 15 anos do CIAJG
Para a data, está prevista a realização de uma exposição fotográfica que resulta do projecto Observatório Natural, em parceria com a Fundação de Serralves e o Laboratório da Paisagem, às 18 horas. A exposição estará patente, no jardim do CCVF, até 1 de Dezembro.
Está ainda preparada uma instalação artística programada por Nelson Duarte e outra pelos Berru. O momento alto do dia fica a cargo de Teresa Salgueiro e da Orquestra de Guimarães. A inauguração do espaço contou com um concerto dos Madredeus. Quinze anos depois, Teresa Salgueiro regressa a Guimarães .
“Não é voltar atrás, mas é olhar para trás voltado para a frente”, disse Fátima Alçada, directora artística da Oficina. O concerto é gratuito, mas os bilhetes apenas podem ser levantados no dia do espectáculo, no máximo dois por pessoa.
Ainda em Setembro, Rui Torrinha, responsável pela programação, anunciou a peça de teatro “Catarina e a beleza de matar fascistas”, uma coprodução da Oficina. “É o espectáculo da nova temporada que vai marcar esta abertura, nacionalmente até. É uma streia absoluta, mundial, do prémio Pessoa, do encenador, dramaturgo e director do do Teatro Nacional D.Maria II, Tiago Rodrigues. É uma peça que faz um cruzamento muito interessante, com uma geração de actores estabelecida e outra que está a despontar”, acrescentou.
Westway Lab vai dividir-se entre o formato online e presencial
Em Outubro, a programação inclui o concerto de Camané e Mário Laginha, que esteve previsto e praticamente esgotado para Maio. A actuação acontece a 24 de Outubro, às 21h30. Depois disso, há ainda espaço para uma coprodução da Oficina, Útero, a 31 de Outubro. A peça de dança “Romeu e Julieta” tem lugar no dia 31 de Outubro, pelas 21h30.
O grande destaque do mês é o regresso do Westway Lab, previsto para Abril. A 7.ª edição, disse Rui Torrinha, regressa, de 14 a 17 de Outubro, em regime misto, com concertos presenciais e conferências apoiadas por uma plataforma online.
“Decidimos reconfigurá-lo para um formato híbrido. Vamos manter toda a programação, incluíndo os keynote speakers Roberta Medina, do Rock in Rio, e Rob Challice, da Paradigm Agency, agente de artistas como Billy Bragg, Bon Iver, Ezra Furman, John Grant, Warpaint, Sufjan Stevens, entre outros. No total, são nove concertos em três dias”, fez saber Rui Torrinha.
29.ª edição do Guimarães Jazz junta artistas internacionais a viver em Portugal com músicos portugueses
Em Novembro, há outro regresso anunciado. O Guimarães Jazz adaptou-se às circunstâncias e procurou os artistas internacionais a viver em Portugal. Para o director-artístico do festival, Ivo Martins, esta será a edição com a abordagem mais profunda ao jazz nacional. De 12 21 de Novembro, a 29.ª edição do festival contará com a Orquestra de Guimarães, Andy Sheppard ou Peter Evans. “Contando com a orquestra, vai envolver mais de 100 músicos portugueses”, disse Ivo Martins, responsável pela programação.
A 7 de Novembro, o Café Concerto acolhe o músico Afonso Cabral, pelas 23h00.
A fechar o ano, a 5 de Dezembro, inaugura a exposição “O Palácio”, que ficará patente até Março no CCFV. Segundo Fátima Alçada, trata-se da maior exposição que o palácio recebeu, contando com o contributo de todos os artistas que passaram pelo CCFV ao longo destes 15 anos. No mesmo dia, o espaço cultural de Guimarães recebe a actuação do americano Bing and Ruth, às 21h15.
Antes do ano acabar, a 18 de Dezembro, sobe ao palco a peça “Aurora Negra”, de Cleo Tavares, Isabél Zuaa e Nádia Yracema, que se estreou na quinta-feira, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, e que aborda a invisibilidade dos corpos negros nas artes performativas.
O diretor-executivo de A Oficina, Ricardo Freitas, que gere os equipamentos culturais de Guimarães, enfatizou as restrições impostas pela pandemia de covid-19, desde logo em termos de lotação, como é o caso do grande auditório do ‘Vila Flor’, que passa de 800 lugares para cerca de metade.
