Professores manifestam-se em Braga e prometem continuar a luta

Docentes juntaram-se em Braga para ação de luta distrital. Concentração aconteceu na Arcada seguindo depois em marcha lenta até à Praça do Município.

Perto de duas centenas de professores de diferentes pontos do distrito de Braga participaram, esta terça-feira, na ação de luta que juntou diferentes sindicatos do setor. Entoando cânticos dirigidos ao governo de António Costa, deixaram o aviso de que a luta não vai desvanecer e que enquanto as suas reivindicações não forem atendidas, ações como esta vão continuar a repetir-se.

“A luta continua nas escolas e na rua”; “Não bastam mil milhões, são precisas soluções”; “Respeito, respeito, nós queremos é respeito!”; “Queremos a aposentação muito antes do caixão!” ou o já bem conhecido “Não paramos, não paramos, não paramos, não paramos!” foram alguns dos cânticos ouvinos no decorrer da marcha entre a Arcada e a Praça do Município.

Alexandre Lourenço, professor do Agrupamento de Escolas de Maximinos é um dos muitos professores que aderiu à greve e decidiu participar no protesto de rua. Aos microfones da RUM afiança que a sua presença pretende mostrar que não vai parar enquanto as principais reivindicações não forem ouvidas. “Vivemos num país em que os governantes fartam-se de mentir, um primeiro ministro que só sabe fazer rasteiras e um presidente da república que só tem treta e em que os principais problemas, não só da educação, não são resolvidos”, critica. Para o docente, um dos efeitos positivos desta luta dos professores que se prolonga há vários meses é o surgimento de novos movimentos de contestação. “Isto já é um efeito muito positivo daquilo que também é o nosso dever cívico, lutarmos pelo nosso país”, acrescenta.

Lurdes Veiga, do Sindicato de Professores do Norte, reconhece que a mobilização é irregular devido ao número elevado de iniciativas, mas lembra que em pleno mês de maio “os professores continuam a dizer que não vão parar”. Sobre o anúncio de ontem, a sindicalista diz que “não resolve nada” e “só veio lembrar aos professores que tudo o que acontecer tem que ser pelo esforço deles”. “Este diploma vem arranjar um problema para este ano e para os próximos”, avisa ainda.

A próxima grande ação de protesto decorrerá pela Nacional 2, terminando a 6 de junho com mais uma grande manifestação nacional de professores, com duas concentrações previstas para as cidades de Lisboa e Porto. A contabilização do tempo de serviço é uma das motivações centrais.

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Elsa Moura
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