Professora da UMinho premiada pela Academia Portuguesa de História

Marta Lobo recebe, esta quarta-feira, 8 de dezembro, o Prémio Fundação Engenheiro António de Almeida – Joaquim Veríssimo Serrão, atribuído pela Academia Portuguesa de História, pelas 15h00, no Palácio dos Lilases, Lisboa. Também José Manuel Lopes Cordeiro, da Universidade do Minho, será laureado pela Academia Portuguesa de História, com o Prémio Lusitania.
A professora do Departamento de História do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho e investigadora do Lab2PT – Laboratório de Paisagens, Património e Território -, foi distinguida pela obra “Os usos da riqueza e do poder: Pedro de Aguiar e Maria Vieira na Misericórdia e na cidade de Braga (século XVII)”.
Este livro é fruto de dois anos de trabalho de investigação conseguidos com recurso ao Arquivo Distrital e Municipal de Braga, mas também de arquivos de igrejas, visto que o casal integrou em muitas confrarias da cidade.
Para a convidada desta semana do UMinho I&D, entrevista que poderá ouvir esta quinta-feira, 9 de dezembro, depois das 20h00, este galardão é motivo de uma “enorme alegria”, na medida em que a concorrência era elevada. Para Marta Lobo este é um prémio que “premeia o esforço da investigação, mas simultaneamente acarreta responsabilidades não apenas em termos académicos, mas sobretudo perante os estudantes”.
A obra que retrata a história verídica de um casal de mercadores, desde a construção da sua riqueza até ao uso da mesma para tentar “salvar a sua alma”, aborda também o papel da mulher no século XVII já depois de ficar viúva.
“Esta é uma das mulheres que prova que a historiografia esteve errada durante muito tempo ao considerar que a mulher da época moderna era apagada, vivia na sombra e que estava sempre subjugada. Pelo contrário, esta é uma mulher empreendedora. Continua a gerir a sua loja de sedas e institui um coro de cinco capelães na Igreja da Senhora a Branca. O primeiro fundado por uma mulher”, revela a investigadora aos microfones da RUM.
