Procura por cursos de francês multiplicou nos últimos anos na UMinho

A procura por cursos de francês na Universidade do Minho multiplicou, nos últimos cinco anos.

Segundo Maria Jesus Cabral, o idioma parece estar a abrir portas a melhores oportunidades de trabalho, em muitos setores económicos. Este é um dos temas que vai ser abordado na segunda edição da jornada “Cap sur la Langue Française”, que decorre, esta quinta-feira, na Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas (ELACH).

A coordenadora da iniciativa, Maria Jesus Cabral, adianta que, em Portugal, “há cerca de 1500 empresas francesas onde o saber francês é uma mais-valia”. “Estamos a falar de setores muito variados, desde a da aeronáutica, por exemplo com a Airbus, agroalimentar, setor automóvel, energias renováveis, imobiliário, saúde, têxtil ou turismo, muitos destes setores têm uma representação cada vez maior também no Norte de Portugal e, por isso, saber francês é muito importante”, acrescentou.

Atualmente, na Universidade do Minho, as turmas têm entre 60 a 70 alunos, denotando-se, assim, um interesse crescente pela língua francesa. “Temos alunos sobretudo a nível da iniciação e também sucede que são pessoas que já estão no mercado de trabalho e que precisam de aprender francês”, explicou a docente.

Este será precisamente o exemplo que Filipe Costa, da Natixis, vai partilha na Jornada. “Ele tinha estudado inglês, e quando foi para esta empresa teve que tirar um curso de francês para poder ocupar o lugar que tem agora”, adiantou Maria Jesus Cabral.

Evento vai abordar oportunidades de emprego em francês no Norte de Portugal e mobilidade estudantil

O evento desta quinta-feira foca a importância do francês como língua de investigação, de criação e de oportunidades no mercado de trabalho a nível nacional e internacional.

A sessão de abertura é pelas 14h00 e conta com a presença do adido para a cooperação científica e universitária do Instituto Francês em Portugal, Benoit Gaudin, e do presidente da Associação Portuguesa de Estudos Franceses (APEF), José Domingues de Almeida. O académico Éric Fougère faz depois uma conferência sobre o tema do arquipélago, símbolo da francofonia e das relações entre língua e culturas, centrando-se em autores como François Rabelais (Gargântua e Pantagruel), Jonathan Swift (As Viagens de Gulliver) e Christopher Priest (The Prestige).

Seguem-se apresentações de estudantes sobre os quatro romances da iniciativa “Choix Goncourt Portugal 2022” e ainda uma breve atividade interativa sobre ilhas da francofonia. 

A partir das 15h30, há uma mesa redonda sobre oportunidades de emprego em francês na região Norte de Portugal, com depoimentos de Fabrice Lachize (Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa) e Filipe Costa (Natixis), e uma outra sobre oportunidades de mobilidade estudantil, por Alexandra da Rosa (Caravane Campus France), “que vem que mostrar concretamente quais são as oportunidades de mobilidade para os estudantes, não só das Letras, mas de toda a Universidade do Minho”. “Sabemos que há vários estudantes da Escola de Economia e Gestão que também vão participar”, adiantou a docente.

 A Jornada acaba pelas 16h30, com momentos de “confabulações de cultura” à volta de um lanche partilhado.

Estas Jornadas anuais iniciaram-se em 2022 e são fruto de uma parceria entre a APEF e a Área de Estudos Franceses, Francófonos e Italianos do Departamento de Estudos Românicos da ELACH-UMinho.

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Liliana Oliveira
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