“Primeiro escolhi a Universidade do Minho e só depois o curso”
Rui Bragança assume que foi o taekwondo que o levou a optar pela Universidade do Minho. Formado em Medicina entre 2009 e 2017, a ligação à academia minhota começou antes de frequentar o Ensino Superior.
O início do percurso enquanto atleta – precendo as experiências no ABC, Vitória SC e Benfica – passou pelo ginásio Koryo, em Guimarães, de onde é natural. Quando fechou, os atletas ficaram sem local para treinar, tendo surgido uma parceria com a Universidade do Minho.
“Houve desde logo uma predisposição para ajudar”, recorda no RUM(O) Desportivo, destacando nomes como Fernando Parente [atual dirigente da Federação Internacional de Desporto Universitário] ou Pedro Dias [agora secretário de Estado do Desporto], porque “autorizaram a utilização dos autocarros da universidade”. “Foi tão decisivo que, mais tarde, escolhi primeiro a Universidade do Minho e só depois o curso de Medicina. Eu sabia que este era o único sítio onde ia conseguir efetivamente fazer as duas coisas ao mesmo tempo”, vinca.
Enquanto estudava na academia minhota, Rui Bragança conquistou dois Europeus Universitários, em 2011 e 2017, e duas medalhas de prata em Universíadas, nos anos de 2015 e 2017. Em conjunto com atletas como José Fernandes (também médico), Júlio Ferreira e Nuno Costa (arquiteto), João Ferreira (engenheiro), Joana Cunha ou Beatriz Fernandes (gestoras), lembra que a equipa onde estava integrado conseguiu “ótimos resultados dos dois lados”. “Acho que posso dizer que personificamos exatamente aquilo que é ser um estudante/atleta”, afirma.
Após o fim da carreira, anunciado este mês, Rui Bragança vai dedicar-se a 100% à Medicina. No seu entender, as duas atividades complementam-se, nomeadamente “a capacidade de lidar com o stress e a resolver muitos problemas e o trabalho em equipa”.
