Presidente do Hospital de Braga assume desconforto com sucessivos encerramentos

O presidente do Hospital de Braga, João Porfírio de Oliveira, garante que está a envidar todos os esforços para evitar mais um dia de encerramento de serviços de urgência daquela unidade de saúde e diz que a ARS-Norte e o Ministério da Saúde estão inteiramente envolvidos no processo de negociação. 

Tudo aponta para que sábado, às oito da manhã, o serviço de urgência de obstetrícia e ginecologia volte a encerrar. Em causa a falta de médicos para completar as escalas.

Esta quinta-feira, à margem da apresentação de uma iniciativa solidária, João Porfírio de Oliveira voltou a reconhecer que se trata de uma situação desconfortável para todas as partes. 

“Estamos a trabalhar de uma forma muito afincada para minimizar estes problemas. É uma situação muito desagradável para a população, é uma situação muito desagradável para todos os utentes e lamentamos profundamente”, disse o responsável. A tutela está “completamente envolvida nas negociações”, tal como a ARS-Norte, informou.

Sem adiantar qualquer novidade, Porfírio de Oliveira disse esperar que “o mais breve possível o hospital recupere a sua atividade a 100%”. Questionado pela RUM sobre a possibilidade de ser evitado um novo encerramento no sábado, o presidente do Hospital de Braga respondeu apenas que todos os dias estão a trabalhar “para evitar mais um dia de encerramento”.  “É muito doloroso, mas não conseguimos até agora ultrapassar isto”, finalizou.


As conversações entre administração e sindicatos têm contado também com a ARS Norte e com o Ministério da Saúde, mas o mais provável é que o serviço de urgência de obstetrícia do Hospital de Braga volte a encerrar às 8h00 de sábado e por um período de 24horas.

Recorde-se que já em outubro de 2021, a diretora do serviço de ginecologia e obstetrícia se demitiu-se devido à fuga de quadros. A situação é transversal a outras especialidades e a unidades de saúde de todo o país.

Num levantamento realizado esta semana foi possível perceber que os sucessivos encerramentos do serviço de urgência de obstetrícia do Hospital de Braga já obrigaram ao encaminhamento de pelo menos 55 grávidas só para o Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães. Desde junho já foram realizados 12 partos que numa situação normal aconteceriam no Hospital de Braga.

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Elsa Moura
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