Presidente da ECUM reivindica mais apoio para a Ciência

O presidente da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) reivindica mais apoio do Governo para os cientistas. “É preciso e é incontornável. A competitividade atual faz-se de conhecimento. Sem conhecimento crítico, não há desenvolvimento de valor. Sem valor, não há presença nos mercados. Sem estar nos mercados, não há presença global, nem relevância geopolítica e a Europa tem de conquistar essa relevância”, disse, em entrevista à RUM, José Manuel González-Méijome. A ECUM está a celebrar 50 anos de atividade, sendo uma das escolas fundadoras da instituição de ensino superior minhota.


Na cerimónia do aniversário, o presidente da escola evidenciou a necessidade de “Portugal, no contexto europeu, ter de voltar a ganhar”. “Eu até diria que estamos numa situação muito favorável, uma vez que a competitividade global da Europa se reduziu ligeiramente, principalmente pela redução dos mais competitivos, não queremos nivelar por baixo, queremos aproveitar este busto de motivação para entender que, hoje em dia, países que há dez anos eram quase descartados, o sul da Europa, hoje são centrais na competitividade económica, social e política da União Europeia”, frisou, considerando que “é aí que temos que ir buscar a nossa competitividade”.

Para González-Méijome, o nosso país “não é grande, nem pequeno, é decisivo como todos os demais”. “É à custa de instituições como esta que o vamos conseguir. Hoje estamos mais perto de nos tornar relevantes. Aproveitemos este momento como país, como região e como coletivo”, apelou.

Cinquentenário da Escola será assinalado ao longo do ano

As celebrações do cinquentenário da Escola de Ciências estão apenas no início. Ao longo do ano, fez saber o presidente, haverão muitos momentos para assinalar a data. “Vamos ter iniciativas como, por exemplo, o lançamento do livro da história da escola. Vamos ter momentos de convívio, porque para nós é absolutamente essencial ter tudo aquilo que se perdeu nos últimos anos, vamos ter o ‘Ciência Feita Arte’, que é uma maneira de juntar a arte, a ciência e a comunicação, para empolgar ainda mais a nossa sociedade”, exemplificou.

Ao longo do ano, serão ainda publicados livros alusivos à escola, realizados congressos e reuniões científicas. “Vão ser muitos e bons momentos que vamos passar juntos, à volta da ciência, mas para valorizar e projetar para o futuro”, afirmou José Manuel González-Méijome.

Escola de Ciências tem sido “um projeto extremamente bem-sucedido”

O reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, está certo de que a Escola de Ciências tem sido “um projeto extremamente bem-sucedido, não só por aquilo que a escola fez enquanto escola de Ciências, mas também pelo suporte muito expressivo que foi para o desenvolvimento de vários outros cursos dentro da Universidade, da Escola de Engenharia, cursos do Instituto de Educação, por exemplo, que sempre tiveram parcerias e envolvimento dos departamentos da Escola de Ciências”.

“A atividade científica, sabemos a qualidade e o reconhecimento que tem e tem tido um papel absolutamente único no quadro da Universidade, relativamente a uma atividade que é essencial, que é a divulgação científica, de comunicação de ciência (5:36) para as nossas populações”, acrescentou o reitor.

O histórico da ECUM, vincou Rui Vieira de Castro, acrescenta-lhe “responsabilidades grandes para o futuro”, estando certo de que esta Escola “responderá adequadamente às expectativas que sobre elas são colocadas”.

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Liliana Oliveira
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