Presidente da CE diz que Portugal “é exemplo de recuperação” na Europa

O primeiro-ministro, António Costa, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentaram esta terça-feira as prioridades dos planos de recuperação e resiliência europeu e português, numa sessão na Fundação Champalimaud, em Lisboa. Von der Leyen considera Lisboa um exemplo de “renovação e recuperação” e pretende “acolher da melhor maneira o Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal”.

No início da sessão de apresentação do Plano de Recuperação e Resiliência e do Plano de Recuperação da União Europeia, Ursula von der Leyen começou por elogiar Portugal, o papel do país na União Europeia e no mundo e a forma com os portugueses agiram quando a pandemia antingiu a Europa.

“Portugal demonstrou o melhor da Europa”, afirmou a líder do executivo comunitário, acrescentando que os portugueses responderam “com humildade, com sentido de responsabilidade e com solidariedade, quando a pandemia atingiu a Europa”.

Ursula von der Leyen recordou que, em 1755, depois de um terramoto a capital portuguese teve de se erguer de novo e reconstruir. Comparando com a situação que a Europa e o mundo enfrentam atualmente, devido à Covid-19, a presidente da Comissão Europeia considera que Lisboa “é um exemplo vivo de renovação e recuperação”.

“Ainda antes de a pandemia nos atingir, a Europa já estava a atravessar um período de mudanças profundas e rápidas, desde a digitalização à descarbonização”, continuou Von der Leyen. “E a necessidade de nos pormos de pé, de novo, e construir uma melhor maneira de fazer as coisas, é tão importante como o foi no século XVIII”.

“Podemos aprender com Lisboa como, de facto, voltar a reconstruir, como remodelar as nossas sociedades”, salientou ainda.

“É com este espírito que quero acolher da melhor maneira o Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal. As vossas prioridades e os vossos desejos refletem aquilo que é o grande plano da União Europeia para a reforma e o investimento, o plano para a nova geração”.

Ainda na sua intervenção, Von der Leyen agradeceu a António Costa  pelo “seu apoio em conseguir intermediar este acordo histórico em julho passado”.

“A nova Geração da União Europeia – Next Generation EU – permite à UE conseguir 750 mil milhões de euros no mercado para os investir num futuro mais forte para amanhã. É este o nosso objetivo”, disse ainda.

“Trata-se de uma necessidade urgente e sem precedentes. E é também para uma situação urgente e sem precedentes: precisamos de reparar o nosso tecido social”.

“Temos de proteger e modernizar o nosso mercado único”, frisou Von der Leyen lembrando que este tem sido fundamental para todos os Estados-membros da União Europeia.

“A palavra-chave é investimento”

Apresidente da Comissão Europeia diz-se “muito confiante de que Portugal vai usar bem a nova versão do plano de recuperação da União Europeia.”

Em declarações à TSF, Ursula von der Leyen explica que cada um dos 27 Estados membros tem recomendações específicas para aplicar o Plano de Recuperação e Resiliência, e no caso português, “a palavra chave é investimento”: “Investimento em tecnologias verdes, na digitalização, em tecnologias para o futuro que permitam uma economia portuguesa forte.”

“Há duas prioridades: o Green Deal [Pacto Ecológico Europeu] e a digitalização e Portugal está na liderança em ambos os campos, por isso é do interesse do país modernizar a economia e dar-lhe um impulso para que no fim da pandemia Portugal esteja mais forte.”

Ursula von der Leye lembra que os vários países da união Europeia se debatem como uma crise “não provocada porque a economia tem um problema, mas por causa de um vírus, uma pandemia. E a economia portuguesa acabava de recuperar, de forma exemplar, de uma crise.”

“Foi impressionante ver o quão forte estava Portugal quando a crise começou, por isso o que temos de fazer é ajudar a economia a superar o período difícil da pandemia e garantir que tem um avanço assim que a pandemia termine.”

De acordo com o compromisso alcançado em julho passado, Portugal receberá 15,3 mil milhões de euros em subvenções (a fundo perdido), incluindo 13,2 mil milhões de euros, até 2023, através do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, o principal instrumento do Fundo de Recuperação.

c/ RTP e TSF

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