Presidente da APPACDM Braga sem data para pagar subsídios em atraso

Trabalhadores da instituição estiveram em greve, esta sexta-feira, em concentração no complexo de Gualtar.

O presidente da APPACDM de Braga, Bruno Silva, avançou esta sexta-feira à RUM que não sabe quando é que vai ser possível pagar aos trabalhadores os subsídios de férias, natal e os duodécimos que se encontram em atraso. A afirmação surge no dia em que alguns trabalhadores da instituição se encontram em greve, exigindo a destituição do presidente.

Bruno Silva disse à RUM que já havia decorrido um plenário com todos os trabalhadores a explicar a situação atual e que sempre esteve disposto para reunir com todos os sindicatos. “Felizmente há sindicatos que estão por bem, fazem parte da solução. Na semana passada, sexta-feira, reunimos com os trabalahdores e foi dada a conhecer a situação financeira da instituição, assim como as circunstâncias que levaram a que chegassemos aqui”, explicou.

Esta manhã, em concentração no complexo de Gualtar, a RUM falou com Sónia Ribeiro, sindicato da Cesminho, que admitiu não concordar com o facto do presidente estar disponível para falar. “Houve, da nossa parte, uma disponibilidade desde a primeira hora de colaborar na elaboração do plano de serviços mínimos. Isso foi logo anunciado no pré-aviso de greve que emitimos. Passaram dez dias e o presidente da instituição não nos contactou com essa finalidade”, adicionou.

“Os trabalhadores da APPACDM estão aqui reunidos porque estão em luta. Esta direção ainda não fez o pagamento do subsídio de férias, já anunciou que não vai fazer o pagamento do subsídio de Natal e não tem feito a aplicação da convenção coletiva no que refere ao pagamento dos retroativos”, denunciou ainda Sónia Ribeiro.

A dirigente sindical revelou que os trabalhadores receberam, esta quinta-feira, dia anterior à greve, a informação de que, quem aderisse à paralisação, teria falta injustificada. “Enviou um email, com um tom intimidatório, para todos os complexos para que fosse afixada uma nota a dizer que os trabalhadores que fizessem greve poderiam ser alvos de procedimento disciplinar, porque consideram que é uma falta injustificada”, disse. No entanto, algumas dezenas de trabalhadores seguiram em frente com a paralisação.

É denunciada uma diferenciação por parte do presidente na forma de lidar com os diferentes sindicatos. “Nós sabemos que ele tem feito reuniões com o outro sindicato, mas connosco não responde aos emails, justificando  que tem a ver com o facto de não haver ordem de trabalhos. Ora, quando pedimos uma reunião ao presidente da instituição onde dizemos que o motivo é discutir assuntos de interesse dos trabalhadores, essa é a ordem de trabalhos”, vincou Sónia Ribeiro.

Bruno Silva advertiu que trata todos os trabalhadores de forma igual e justificou a situação financeira atual com o facto de que a instituição “tem sido, ao longo dos anos, muito mal gerida”.


“Aqui na instituição, todo o trabalhador, seja ele sindicalizado ou não, é tratado de igual modo. Agora, esta direção exige retidão. Em outubro, enviamos email à Cesminho informando que estávamos disponíveis para auscultá-los. Entretanto, foi emitido um pré-aviso de greve para o dia 31 de outubro, um dia anterior ao feriado. Acontece que, quando chegou ao nosso conhecimento esse pré-aviso de greve, percebemos que não estava legal ao abrigo do disposto no Código de Trabalho. Ou seja, estamos a falar de um pré-aviso de greve ilegal”, disse ainda Bruno Silva.

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Maria Carvalho
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