Presidente da AAUMinho vai sugerir criação de comissões nas universidades para prevenir assédio

A presidente da Associação Académica da Universidade do Minho foi escolhida para representar os estudantes universitários na comissão criada pelo Governo para elaborar uma estratégia nacional de prevenção do assédio nas instituições de ensino superior.

Em entrevista à RUM, Margarida Isaías, explica que a escolha se deve ao facto de a UMinho ter sido pioneira na criação de uma estratégia contra o assédio, na qual ela própria participou.

Entre o movimento associativo estudantil definimos quem iria representar os estudantes nesta comissão e fui a escolhida porque a Universidade do Minho foi a primeira universidade a criar esta estratégia, eu fiz parte do grupo de trabalho e depois da comissão instaurada para o efeito, ou seja, tenho já alguma experiência e algum conhecimento nesta área”, disse a dirigente associativa.

Margarida Isaías pretendem, assim, sugerir ao grupo de trabalho que se defina “uma comissão em cada universidade, para que haja informação e sensibilização para o tema, que é algo que parece faltar”. Além disso, “deve haver mecanismos de apoio, tanto às vítimas como ao agressor, que é algo que também tem faltado”, acrescentou a estudante, lembrando que “o assédio existe na universidade, as vítimas não têm meios para denunciar e, por isso, não há consequências”. Os contributos que Margarida Isaías pretende apresentar à comissão são, segundo a própria, muito baseados na estratégia definida para o universo da UMinho.

A presidente da Associação Académica admite ter tido conhecimento de alguns casos de assédio ao longo do último ano letivo e lembra que na última reunião do Conselho Geral foram definidas medidas com aplicação imediata.

A comissão de caráter temporário de seis meses será coordenada por um representante da área governativa da ciência, tecnologia e ensino superior, contando, entre outros, com um representante da equipa de reitores e outro de coordenadores dos institutos politécnicos.