“Precisamos de mais estratégias para reter os jovens em Portugal”

“A retenção de talento em Portugal deve ser uma prioridade”, reiterou esta terça-feira a presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho), Margarida Isaías, na abertura da 16ª edição da Startpoint Summit, no campus de Gualtar.
O evento agrega quase 80 empresas de diferentes áreas, interessadas em captar a atenção dos estudantes da academia minhota, muitos deles recursos humanos prioritários a contratar. Margarida Isaías nota que esta feira de emprego e empreendedorismo que há dezasseis anos é promovida pela AAUMinho é importante para todas as partes. Para a estudante de Medicina os jovens estão empenhados em sensibilizar o governo, as empresas e a sociedade civil para a necessidade de reter talento em Portugal, uma vez que surgem “muitas dificuldades” na entrada no mercado de trabalho. “Temos sentido muita dificuldade em encontrarmos emprego de acordo com as nossas qualificações, que tenha um salário de acordo com as expetativas e qualificações”, começa por denunciar.
A presidente da AAUMinho considera “positivas” algumas medidas que têm sido anunciadas pelo governo na expetativa de reter talento em Portugal. “Olhamos para elas de forma muito positiva, salários, benefícios fiscais, tanto na compra de habitação como para as empresas que contratam os jovens são algumas medidas importantes para nos reter em Portugal”, reconhece.
Margarida Isaías acredita que com mais apoios para a criação de projetos empreendedores no meio académico será possível evitar a saída de muitos jovens que se formam em Portugal mas que pretendem emigrar para assegurar melhores salários e uma qualidade de vida diferente. Na opinião da presidente da AAUMinho, os gabinetes de empreendedorismo nas universidades podem impulsionar a concretização de ideias em novos negócios, nomeadamente startups.
