“Pousadas e hostels não suprimem necessidades dos estudantes”

O presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) considera que a proposta apresentada pelo Governo de acolher estudantes universitários em pousadas da juventude e em hostels, no próximo ano lectivo, “é uma solução instável”. “Estas soluções dependem de outros parceiros e não suprimem realmente as necessidades dos nossos estudantes, principalmente quando falamos de médio/longo prazo, porque as pousadas não têm essa vocação”, apontou Rui Oliveira.

As residências estudantis vão perder cerca de 3.000 lugares em resultado das orientações da Direcção-Geral da Saúde (DGS), que estabelecem um distanciamento de dois metros entre camas.

A esse propósito, o Governo anunciou recentemente a negociação com a Movijovem, para disponibilizar 500 camas.

Ainda sem dados sobre as camas que serão destinadas à academia minhota, o representante dos estudantes acredita que “o número não será exurbitante”.

“A última vez que Braga e Guimarães viram um aumento do número de camas foi há 20 anos”

“No próximo ano lectivo, o Ensino Superior vai começar com um défice de 2.500 camas em relação ao ano transacto. Não estamos a falar de um aumento de camas, mas de uma diminuição. Por isso, não posso dizer que chegam, porque se antes não chegavam agora ainda pior”, afirmou o presidente da AAUM. Na Universidade do Minho, o número de camas nas quatro residências universitárias vai reduzir em 130. De 1300 camas passam a estar disponíveis 1170 no próximo ano lectivo.


O alojamento universitário, acredita Rui Oliveira, deverá ser a pedra no sapato, no ano lectivo que se avizinha.

“É uma pena que o Estado não tenha conseguido arranjar soluções para as cidades de Braga e Guimarães, que a última vez que viram um aumento do número de camas foi há 20 anos. As autarquias, em parceria com a Universidade e a AAUM, têm encontrado algumas soluções, mas que dependem da tutela”, apontou.

A AAUM lançou um inquérito para recolher sugestões e ideias dos alunos sobre o funcionamento da Acção Social no próximo ano lectivo, uma vez que “a situação socioeconómica se alterou”. O objectivo, diz o representante dos estudantes, “é recolher dados para tomar as melhores decisões e cumprir um dos objectivos com que a direcção da Associação Académica se comprometeu, a de auscultar os estudantes para estar alinhada com as suas preocupações”.

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Liliana Oliveira
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