Portugal contabiliza mais de 200 casos de Leucemia Mieloide Aguda por ano
Portugal contabiliza entre 200 a 300 casos de Leucemia Mieloide Aguda, por ano. Um número que, segundo o presidente da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), tem continuado estável.
Hoje é assinalado o Dia Mundial de Sensibilização para a Leucemia Mieloide Aguda. Esta é uma patologia que afeta sobretudo pessoas entre os 65 e os 67 anos, sendo que existem casos em jovens e crianças.
Graças à evolução da medicina já é possível, de forma mais eficaz, proceder à subclassificação das várias variantes de leucemia e, por conseguinte, utilizar o melhor tratamento disponível para cada caso.
“Um dos subtipos, a Leucemia Promielocítica Aguda, é possível ter uma taxa de sucesso de cura que ronda os 80%. Por outro lado, na Leucemia Monoblástica ou na Mieloide Aguda, a taxa de sucesso sem recurso a transplante de medula óssea é zero. Já com recurso ao transplante podemos estar a falar de taxas que rondam os 40 a 60%”, explica o presidente da APCL.
Quanto a sintomas, o presidente da APLC alerta para o facto de não serem específicos desta patologia, logo é fundamental que o paciente procure o seu médico de família ou especialista para a realização de exames. Os primeiros alertas podem estar relacionados com fadiga, dificuldade de concentração, hemorragias, nódoas negras, dores de garganta, entre outros.
Manuel Abecasis recorda que os casos mais graves de leucemia, um cancro das células mais primitivas da medula óssea – as células estaminais – que são as células que dão origem às células do sangue, têm uma taxa de mortalidade superior a 50%. Pessoas mais expostas a radiação, como doentes oncológicos a realizar tratamentos de quimioterapia, podem ter um risco mais acrescido de vir a desenvolver a patologia.
