Portugal com metade das vacinas previstas para o primeiro trimestre
António Costa disse hoje que o primeiro trimestre do ano vai terminar com menos pessoas vacinadas do que estava inicialmente previsto. O primeiro ministro disse esta tarde que a culpa não é do Governo e que o país terá metade das pessoas vacinadas face ao que se estimava inicialmente.
O número será menor e estamos a viver numa fase em que há novas variantes do vírus que exigem cuidado redobrado. Por isso, o governo decidiu prolongar ao longo deste mês as medidas que já tinham sido adotadas há duas semanas.
Estava previsto receber 4,4 milhões de doses e afinal serão recebidas apenas 1,98, algo que, segundo avança, se deve à insuficiente capacidade de produção pelas farmacêuticas. “Não há nenhum atraso nacional, há um atraso na produção.” “A nossa capacidade de vacinação vai ser cerca de metade do previsto”, avisa o PM.
O primeiro-ministro salienta que “não é momento para discutir desconfinamentos”, sendo portanto que o confinamento terá de continuar a decorrer “ainda durante o mês de março”.
Apesas da evolução positiva da pandemia, o primeiro-ministro afasta mensagens de entusiasmo excessivo dizendo que “a situação continua extremamente grave”. E isso verifica-se, sobretudo, com o “elevadíssimo número de óbitos diários” que são “absolutamente inaceitáveis”, bem como sobre a pressão sobre os serviços de saúde.
Mesmo assim, admitiu, “o confinamento está a produzir resultados”. “Temos vindo a travar crescimento novos casos” e há uma “diminuição acentuada do risco de transmissibilidade”.
O desconfinamento será “gradual” tal como no ano passado, mas Costa diz que “é muito cedo para começar a especular sobre a matéria”. O primeiro ministro sustenta que os portugueses não podem ser induzidos em erro porque o desconfinamento “não vai começar daqui a quinze dias”, apelando ao “sentido de sacríficio profundo”.
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