Pontas letivas asseguradas por duas instituições. PS diz que programa continua a não ser inclusivo

O PS acusa a maioria de direita, em Braga, de não promover uma verdadeira inclusão das crianças com necessidades específicas, no que diz respeito às pontas letivas. No entanto, a vereadora da Educação garante que o projeto, implementado este mês, está a correr bem e que estas crianças e jovens estão a ser integrados em salas com outras crianças.
Na reunião do executivo desta segunda-feira, Carla Sepúlveda foi questionada sobre o balanço da nova versão do Supera-T, que atribui um apoio financeiro direto às famílias de crianças com necessidades específicas ou às instituições que as queiram acolher.
Ricardo Sousa lamenta que das oito ou nove instituições que estariam interessadas em integrar o projeto em julho, apenas duas tenham avançado, sendo que, no caso do Centro Social da Paróquia de S.Vicente, não haja sequer “condições para receber os cadeirantes”. “A avaliação que eu faço é que passado uma semana este projeto não está a funcionar. Está consagrado que estas crianças só tenham direito a dois transportes, um para ir para a escola e o outro para regresso a casa, e temos que pensar seriamente quando se diz que em Braga o transporte público é assegurado aos estudantes e é gratuito, mas para estes não”, referiu ainda.
A vereadora da Educação esclareceu que as crianças e jovens com necessidades específicas não estão a ser colocados numa sala à parte, mas a ser integrados em salas com outras crianças e jovens.
Carla Sepúlveda explica ainda que na Bogalha estão ocupadas 11 das 15 vagas, e na Paróquia de S. Vicente estão a ser feitas adaptações para acolher estas crianças e jovens, mas há já inscritos. No caso da Bogalha, segundo a autarca, “as instalações permitem as cadeiras de rodas e, portanto, acolhem em maioria crianças com estas necessidades”.
“As instituições necessitaram de tempo de adaptação e à medida que iam tendo inscrições iam fazendo entrevistas individuais, para perceber o tipo de auxílio que cada uma destas crianças ia necessitar, por isso é que o programa demorou a ter resposta”, começou por explicar Carla Sepúlveda. A Paróquia de S. Vicente solicitou, entretanto, “uma reunião para um pedido de apoio específico”, nomeadamente a necessidade de mais “um técnico”.
Segundo a vereadora, o número de instituições que recebem crianças com necessidades específicas nas pontas letivas pode ainda sofrer alterações, uma vez que “podem surgir todas as que entenderem integrar estas crianças”.
Carla Sepúlveda faz um balanço positivo da implementação do projeto que dá resposta às famílias com crianças com necessidades especificas, nas pontas letivas, embora reconheça que ainda passaram poucos dias.
O PS, que votou contra a nova versão do Supera-T, continua a criticar a falta de uma verdadeira integração destas crianças e jovens.
