Plano para as ‘pontas letivas’ em Braga avança em setembro

Mais de um ano depois do início do processo, está encontrada a solução para as ‘pontas letivas’. O plano da Câmara Municipal de Braga, apresentado, esta terça-feira, no salão nobre, vai concentrar-se em duas escolas e dar resposta a 50 crianças e jovens com necessidades específicas.


No sentido de arranjar uma solução para as manhãs e tardes livres, reclamada pelos encarregados de educação, a autarquia desenvolveu um serviço, que será aplicado em parceria com entidades externas, ainda por definir. A vereadora da Educação explica que é “um projeto à semelhança do que se tem feito no programa de férias ‘incluIR’, com oito crianças por sala, apoiadas por dois técnicos e os assistentes operacionais necessários consoante a autonomia dos alunos”.

“Procuramos fazer um trabalho do género de terapias ocupacionais, com atividades relacionadas, por exemplo, com as artes. Vai contribuir para o seu desenvolvimento pessoal”, acrescenta Carla Sepúlveda, frisando que “não se trata de um apoio ao estudo”.

A iniciativa, desenhada em conjunto com os agrupamentos, decorrerá em dois estabelecimentos de ensino, que “ainda estão a ser identificados”. Carla Sepúlveda destaca a exigência desse processo, já que “as escolas e as salas se encontram lotadas”. 


No entanto, garante que a Câmara Municipal vai “fazer de tudo para arranjar um espaço mais central na cidade e outro provavelmente na periferia”. A totalidade de funcionários alocados ao projeto depende desse fator e dos horários escolares, que ainda não saíram.



Investimento corresponde a 1.500 euros por aluno


A Câmara de Braga vai investir 75 mil euros no projeto para as ‘pontas letivas’, o que corresponde a 1.500 euros por aluno. Sendo aplicado por uma entidade externa, o presidente, Ricardo Rio, esclarece que haverá “uma comparticipação por parte das famílias”, que “suporta uma parte, manifestamente mais diminuta, do custo do programa”.

“Quando falamos de crianças com necessidades específicas, não é associado a uma dimensão de insuficiência económica e, portanto, há aqui um esforço que será também formatado de corresponsabilização com as famílias, mas garantimos que quem não dispuser de recursos económicos terá obviamente acesso ao programa”, assegura.

Ainda não há uma data concreta para o início do projeto, mas deverá coincidir com o arranque do ano letivo, em setembro. As atividades decorrem entre as 08h30 e as 12h, da parte da manhã, e das 14h30 às 18h00, à tarde. Haverá uma tolerância de meia hora em cada período para os encarregados de educação, que têm de assegurar o transporte, irem buscar os filhos.

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Tiago Barquinha
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