Plano cultural de Braga até 2030 agrada à CDU; PS fala em visão “generalista”

A estratégia da autarquia de Braga para a cultura nos próximos dez anos é vista com relativo agrado pela oposição do executivo municipal, que votaram a versão final do documento na reunião de Câmara da passada sexta-feira, dia 9.
O plano, que é a base da candidatura de Braga a Capital Europeia da Cultura em 2027, teve o voto a favor da CDU e a abstenção do PS. Na apreciação da estratégia de Braga 2020-2030 – que, entre vários aspectos, aponta à maior relação da cidade com o território e à internacionalização da cultura local -, o vereador comunista Carlos Almeida destacou que o plano atribui “meios e competências financeiras aos públicos e às instituições locais”, ressalvando que a autarquia dá um passo em frente na cultura em relação ao passado.
No entanto, o vereador apontou à “necessidade de garantir a ligação entre a estratégia cultural e os instrumentos de gestão do município”. “Podem-se apontar caminhos muito interessantes mas se ficarem no papel não servem de nada”, alertou.
Já o PS absteve-se no voto à proposta. Artur Feio reconheceu “alguns pontos interessantes” no plano apresentado mas considerou que o manifesto é “generalista e deixa muito em aberto sobre aquilo que se pode fazer no futuro”, acusando ainda a autarquia de não ter auscultado os partidos da oposição na elaboração da estratégia.
Na apreciação do plano, o presidente da Câmara Ricardo Rio desvendou que as candidaturas à Capital da Cultura vão abrir ainda este ano, tendo reforçado a união dos bracarenses em torno do processo.
