Piraí Vaca trabalha a música para 3 partes do ser humano: “coração, mente e espírito”

O guitarrista acústico de renome internacional, Piraí Vaca, estreia-se, esta quinta-feira, em Portugal, num espetáculo na sala principal do Theatro Circo, em Braga, pelas 21h30.
Aos microfones da RUM, Piraí Vaca fala sobre a sua passagem por Portugal e o que traz para o público. “Hoje tocamos aqui em Braga, amanhã no Porto e depois vamos para a Grécia. A digressão continua pela Alemanha, Luxemburgo, Bélgica…e muitos locais onde, felizmente, posso levar esta música, que me faz tão bem, esperando que também faça muito bem a todos aqueles que a puderem ouvir”, refere.
O boliviano mistura técnicas tradicionais de flamenco com clássicos contemporâneos, incluindo versões de canções dos Queen como ‘Bohemian Rhapsody’ e dos AC/DC, ‘Thunderstruck’.
O músico faz uso de duas guitarras para compor o seu espetáculo – uma clássica, com cordas de nylon, e uma eletroacústica, com cordas de metal. “Toco música boliviana na primeira parte, que é de onde venho, é a minha identidade. O resto do programa é um trabalho que faço há uns dois ou três anos com rock e pop. Trago músicas completas com um único instrumento”, conta. Apenas com a guitarra, Piraí Vaca consegue fazer de “vocalista, pianista, baixista e baterista”.
A música do artista é, segundo o mesmo, feita tendo em conta três partes do ser humano: “coração, mente/intelecto e espírito”.
Nascido em Santa Cruz de la Sierra em 1971, iniciou os seus estudos musicais muito jovem, acabando por estudar na Europa, com guitarristas de renome como Hubert Käppel. O repertório de Vaca abrange desde a música clássica até à música latino-americana contemporânea, o que lhe valeu a aclamação internacional em festivais e concertos de prestígio em todo o mundo. Ao longo de 30 anos de carreira, o artista recebeu vários prémios e é celebrado pelo seu papel na promoção da música boliviana a nível global.
