Pinto Lisboa e o objetivo de ocupar o top 4: “Estamos agora melhor preparados”

Miguel Pinto Lisboa considera que o Vitória SC precisa de “estabilidade” para mostrar que é o quarto maior clube do país. Em entrevista no programa RUM(O) Desportivo, o atual presidente e recandidato abordou as declarações que proferiu quando tomou posse, há dois anos e meio.


Para atingir esse objetivo, no entender do empresário, a operação de aquisição das ações da MAF, entidade gerida por Mário Ferreira, é fundamental. Segundo o acordo alcançado entre as duas partes, o Vitória SC vai ficar com 96,4% do capital da SAD, numa operação que custará 6,5 milhões de euros no total. 


Até ao momento foi apenas paga a primeira de três tranches, o suficiente para o clube deter a maioria do capital, tendo passado de 40% para 51%. Considerando que “a independência e a identidade do Vitória estão garantidas”, Miguel Pinto Lisboa justifica o atraso na liquidação das partes remanescentes com a pandemia. 


“Fomos confrontados com um cenário nunca antes vivido. Em dois anos e meio de mandato, tivemos dois anos em pandemia. Foi necessário renegociar os prazos de pagamento das tranches”, explica, assegurando que houve “sempre colaboração” por parte da MAF.

Assim que a operação estiver concluída, a ideia passa por vender o valor em falta (45,4% do capital) a “um parceiro estratégico que esteja alinhado com os objetivos do clube”. O candidato que concorre sob o lema ‘Um Vitória de todos’ argumenta que “não há pressa” para encontrar o novo acionista minoritário e que a prioridade é “tomar a melhor decisão possível”.


Candidato mostra-se confiante no futuro apesar dos resultados

O Vitória SC falhou o apuramento para as competições internacionais nas últimas duas épocas e está neste momento a 11 pontos da zona europeia do campeonato e a viver uma sequência de três derrotas consecutivas, Miguel Pinto Lisboa afirma que não está “satisfeito com os resultados”. Ainda assim, salienta a conquista de quatro pontos em seis possíveis contra o rival SC Braga, que tem “um orçamento maior”.

“Entendemos que o Vitória é o quarto mais clube nacional, mas não temos ocupado de forma consistente esse espaço no futebol”, acrescenta, fazendo alusão ao objetivo definido aquando da tomada de posse como presidente.

Apesar de estar aquém desse ideal, o candidato da Lista C considera que o Vitória SC está agora “melhor preparado” e “mais próximo do que há dois anos e meio”, mostrando confiança no trabalho desenvolvido por Pepa, atual treinador da equipa principal.

Pinto Lisboa reafirma importância dos sub-23; Nova academia poderá ser concluída no próximo mandato

A “aposta consistente” na formação é a prioridade da candidatura e, nesse sentido, considera “importante” manter a equipa de sub-23, que compete na Liga Revelação, ao contrário do que é defendido pelo adversário da Lista A, António Miguel Cardoso. 

A nossa direção não faz ziguezagues. É fundamental que todos os atletas vejam o percurso que existe para atingir a equipa principal do Vitória. Se não houvesse equipa sub-23, quando os escalões de formação estiveram parados, jogadores como Maga, André Amaro ou Hélder Sá eram valores que se podiam perder”, exemplifica.


No que diz respeito às modalidades, o objetivo é semelhante, com a primazia pelas camadas jovens. Nesta fase, a introdução de novos desportos “não é uma preocupação”, mas sim “melhorar as já existentes”.

Quanto às infraestruturas, as linhas inscritas no programa eleitoral assentam na conclusão do miniestádio e no arranque das obras da nova academia para o futebol. “A sua conclusão no próximo triénio dependerá do tal parceiro estratégico”, remata.

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Tiago Barquinha
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Sara Pereira
NO AR Sara Pereira A seguir: Carolina Damas às 17:00
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