PIEP integra Pacto Português para os Plásticos. Equipa prepara soluções amigas do ambiente

O PIEP – Polo de Inovação em Engenharia de Polímeros é um dos membros fundadores do Pacto Português para os Plásticos. O lançamento desta plataforma colaborativa teve lugar esta terça-feira, em Lisboa. A iniciativa é coordenada pela Associação Smart Waste Portugal, com o apoio do Ministério do Ambiente e da Acção Climática, Ministério da Economia e Transição Digital, Ministério do Mar, e é parte da Rede dos Pactos para os Plásticos da Fundação Ellen MacArthur. Para além disso, este pacto abrange mais de 50 organizações portuguesas.
Segundo Bruno Pereira da Silva, director de projectos no PIEP, o Centro de Interface Tecnológico da Universidade do Minho fará parte do Conselho Científico de acompanhamento. Ou seja, o grupo de trabalho terá como função a elaboração de um “mapa de trabalho”. O responsável sublinha que o PIEP pretende também corrigir alguns erros que foram cometidos ao longo dos últimos tempos, principalmente por empresas. Bruno Pereira da Silva dá o exemplo da substituição dos copos de plástico de café por copos de papel.
“Acabamos por substituir um copo feito a partir de um monomaterial para introduzir uma solução ambientalmente pior, uma vez que este copo não só tem papel como plástico, logo não pode ser reciclado”, explica.
Em declarações à Universitária o engenheiro enumerou algumas das metas desta plataforma. Um dos grandes chavões passa por, até ao final do ano, definir uma listagem de plásticos de uso único que são considerados problemáticos ou desnecessários, de modo a reflectir sobre a sua eliminação.
Outro dos pontos realçados passa por garantir que, até 2025, 100% das embalagens de plástico são recicláveis, reutilizáveis ou mesmo compostáveis. Também certificar que 70% ou mais das embalagens plásticas sejam recicláveis através do aumento da recolha e da reciclagem. Por último, incorporar, em média, 30% de plástico reciclado nas novas embalagens.
Para além de integrar o grupo fundador do Pacto Português para os Plásticos, o PIEP assinou também, ao nível da Comissão Europeia, uma declaração no âmbito da Circular Plastic Alliance. “No fundo estamos a trabalhar na agenda de inovação europeia. Vamos trabalhar para que, até 2025, exista uma valorização de 10 milhões de toneladas de plástico reciclado, ou seja, que este seja introduzido em novos produtos no mercado”, refere.
Ora, Bruno Pereira da Silva frisa que para atingir todas estas metas ambiciosas será necessário apostar na sensibilização e educação dos cidadãos. ” É essencial que o consumidor tenha a percepção do valor do plástico e reencaminhe esse resíduo para o local correcto. Caso contrário não vamos ter matéria prima reciclada disponível para implementar na produção de novos produtos”, afirma.
