PIEP doou 20 viseiras ao Hospital de Guimarães

O PIEP – Centro de Interface Tecnológico da Universidade do Minho para o sector dos Plásticos – está a desenvolver viseiras para os profissionais de saúde. Trata-se de uma forma de tentar colmatar as necessidades sentidas ao nível de equipamentos nas unidades de saúde portuguesas devido à propagação do novo coronavírus.
Esta quarta-feira o PIEP doou 20 viseiras produzidas exclusivamente pelo interface ao Hospital da Senhora da Oliveira, em Guimarães. Contudo, segundo o gabinete de comunicação, têm chegado inúmeros pedidos de ajuda de hospitais, centros de saúde, lares de idosos e IPSS (Instituições particulares de solidariedade social) não só da região norte como de Cascais.
Depois de perceberem que tinham “capacidade para dar resposta” através da impressão 3D a estas carências do Serviço Nacional de Saúde iniciaram de imediato os contactos com outros interfaces do país e empresas da área. Teresa Pinto, responsável pela comunicação do PIEP, adianta que a instituição “produziu as estruturas e montou as mesmas com material de protecção”. As primeiras 20 viseiras foram destinadas ao serviço de Ortopedia da unidade de saúde vimaranense.
O interface da UMinho está a organizar-se para dar resposta aos pedidos que chegam de Braga, Guimarães, Famalicão, Porto e Santo Tirso. Neste momento a equipa está a trabalhar na criação de uma “nova fórmula” para contornar a falta de acetato usado para a protecção do rosto. “A procura é tanta que está completamente esgotado, por isso, queremos criar uma solução mais célere e que permita não estarmos dependentes dos stocks”, explica.
Para imprimir uma estrutura mais simples o PIEP precisa de aproximadamente 1h30, no entanto para uma estrutura com um design mais complexo o tempo de produção aumenta para cerca de 5 horas. De realçar que cada encomenda pede entre 15 a 20 viseiras.
Teresa Pinto espera que no futuro possa ser possível criar parcerias, por exemplo, com empresas, uma forma de ter acesso a matéria prima ou moldes que podem acelerar a produção de mais equipamentos de protecção. “Estamos prontos para ajudar quer seja sozinhos ou com parcerias”, realça.
