Phys. A cabine “made in Famalicão” que inativa a Covid-19 no vestuário

Uma cabine inovadora “made in Famalicão”, que acaba de ser apresentada, tem a capacidade de inativar a Covid-19 em peças de vestuário. Chama-se Phys e resulta de uma parceria entre a fabricante MTEX NS, o CITEVE e a Universidade Católica.

Braz Costa, diretor-geral do CITEVE, explica que a ideia nasceu da necessidade de encontrar tecnologias sustentáveis de desinfeção de produtos têxteis para inativar o vírus não apenas à superfície, mas também no seu interior, garantindo ao mesmo tempo que os tratamentos não atacassem as matérias têxteis.

Juntando “tecnologias fícias, químicas e físico-químicas” conseguiu arranjar-se uma solução “que não tem impacto ambiental”. Inicialmente, a Phys foi pensada para “cabines de prova das lojas, para permitir que uma peça de roupa, depois de provada, possa voltar à estante”. 

Ainda que esta tenha sido a motivação deste projeto, Braz Costa admite que a tecnologia da cabine também poderá ser adaptada aos equipamentos de proteção indiviual (EPI), permitindo a sua reutilização. “Esse pode ser o passo seguinte”, revelou em entrevista à RUM, “a tecnologia foi desenvolvida e testada e é certamente uma tecnologia a ter em conta para este cenário de que os EPI usados nas unidades de cuidados de saúde possam ter mais do que uma utilização”. Por enquanto, os EPI são de utilização única, o que significa “muitas toneladas de polímeros a serem incinerados”. Segundo Braz Costa, apesar de serem necessários mais testes, “esta tecnologia em princípio, está adaptada também a essa utilização”.

“Tudo indica que o processo é válido para as novas estirpes”

O CITEVE vai avançar para ensaios tendo em conta as novas estirpes do vírus, mas este produto inovador deverá chegar em breve ao mercado. “Tudo indica que o processo é válido para as novas estirpes, admito que muito rapidamente vai estar disponível no mercado”, disse ainda Braz Costa. 

A inovação já patenteada, tem entre os primeiros clientes colégios privados em Espanha e um Museu de Bilbau.

O processo de desenvolvimento deste equipamento envolveu, por exemplo, a Academia do FC Famalicão, onde foram instaladas cabines de desativação do vírus para monitorização de resultados.

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Liliana Oliveira
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