Perto de 50 estudantes da UMinho rumam a Lisboa para reivindicar alojamento

Perto de 50 estudantes da Universidade do Minho rumam esta quinta-feira até Lisboa para reivindicar o cumprimento do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES). O protesto, convocado pelos movimentos Associativos e Federativos Estudantis Nacionais arranca pelas 14h30, no Rossio, em Lisboa, com direção à Assembleia da República. As associações irão exigir responsabilidade política para que a questão do alojamento estudantil esteja na lista de prioridades do novo Governo.
A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) junta-se assim ao movimento estudantil nacional para exigir “Teto e habitação, um direito à educação”, que é o mote da manifestação que surge a propósito do Dia Nacional do Estudante, celebrado a 24 de março. São esperados perto de 2 mil estudantes de praticamente todo o país e ilhas.
A última manifestação estudantil nacional teve lugar em 2022, ano em que foram assinalados os 60 anos da Crise Académica de 1962.
A presidente da AAUMinho, Margarida Isaías, frisa que este é o momento de dar voz às “preocupações dos estudantes”, de modo a garantir as novas camas previstas no Plano de Recuperação e Resiliências (PRR). A representante dos estudantes demonstra alguma apreensão em relação ao processo de construção da nova residência que irá nascer na antiga Fábrica Confiança, em Braga, visto que o processo tem sofrido alguns atrasos.
A estudante do curso de Medicina na UMinho frisa também a premência de “reabilitar” as residências já existentes nomeadamente a de Santa Tecla.
Recorde-se que no último ano, a RUM noticiou a existência de quartos inutilizados devido a “problemas infraestruturais” como infiltrações e presença de bolor nas paredes. Aos microfones da RUM, Margarida Isaías alerta ainda para a falta de cozinhas, o que obriga os estudantes ao fim de semana a procurar alternativas externas.
“Em Santa Tecla temos um fogão com duas ou três bocas para os muitos estudantes que aqui vivem. Na residência Lloy também não é suficiente e na residência de Azurém, em Guimarães, nem sequer temos isso (cozinha)”.
