Pedro Mexia, Cristina Branco, Black Bombaim e Luís Fernandes no Close Up

As presenças de Pedro Mexia, conhecido comentador político, poeta e crítico de cinema, João Maia, realizador do filme Variações, Cristina Branco, fadista, Black Bombaim, banda de rock psicadélico, e de Luís Fernandes, artista de música electrónica, são o destaque da 5ª edição do Close Up – Observatório de Cinema, que se realiza entre os dias 10 e 17 de Outubro na Casa das Artes de Famalicão.


O programa foi anunciado esta terça-feira e apresenta sessões comentadas, filmes-concerto e cinema para escolas, este ano sob o desígnio do cinema na cidade. À RUM, o programador do Close Up, Vítor Ribeiro, revela que o tema escolhido é indissociável ao tempo actual, marcado pela pandemia, mas também estabelecido pela ideia de “de uma maior relação entre a cidade e a sala de cinema”.


Para traduzir o cruzamento entre o espaço urbano e o cinema, o Close Up propõe a exibição de 30 filmes – menos dez que nas edições anteriores, por força da pandemia -, a maioria dos quais comentado e, entre os destaques, estão as introduções de Pedro Mexia ao filme Ele (no dia 11), de Luis Buñuel, de João Maia ao próprio filme Variações (dia 12) ou de Júlio Alves à sua obra Sacavém (dia 16), documentário que atravessa o cinema de Pedro Costa.

Como habitual, os filmes-concerto também vão fazer parte do programa do Close Up. Este ano, a banda barcelense Black Bombaim e o artista bracarense e director-artístico do gnration Luís Fernandes vão musicar o filme A Idade de Ouro, de Buñuel, naquele que será o evento de abertura do Close Up na Casa das Artes, marcado para as 21h45 do dia 10.  A fechar o evento, no dia 17, à mesma hora, será apresentado novo filme-concerto, desta vez com a reunião entre a fadista Cristina Branco e o filme The River, do realizador Frank Borzage, um encontro que Vítor Ribeiro reconhece ser “inusitado” mas “que, tendo em conta o cariz romântico do filme, faz todo o sentido”.

O Close Up também não esquece o cinema destinado às escolas, apresentando seis filmes, dois dos quais relacionados com os 75 anos desde o fim da II Guerra Mundial, casos de Grande Ditador, de Charlie Chaplin, e de Debaixo do Céu, de Nicholas Oulman, e que procuram “chamar a atenção dos alunos ao tema, para não deixar que a história desapareça”.

Na secção de cinema português, intitulada Fantasia Lusitana, o destaque é atribuído a Pedro Filipe Marques, documentarista que terá três dos seus filmes exibidos em Famalicão. O realizador, que tem uma vasta carreira como editor de cineastas como Pedro Costa, Miguel Gomes, Margarida Cardoso ou Manuel Mozos, “tem documentários que valem a pena descobrir porque mostram franjas da sociedade que estão à margem, em retratos justos das pessoas”, aponta Vítor Ribeiro.

“Teatros municipais têm conjunto de regras que dão conforto ao público”

Além dos filmes, o Close Up propõe ainda sessões de Dj set e de poesia, apresentando um vasto programa. A lotação das sessões na Casa das Artes será reduzida a metade, havendo um intervalo obrigatório de meia hora entre filmes, garantias que “dão conforto ao público”, acredita Vítor Ribeiro.

“Desde a reabertura da Casa das Artes que as sessões e os espectáculos têm sido participados. Os teatros municipais são os sítios mais seguros onde se pode estar porque existem um conjunto de regras que dá conforto às pessoas e esperamos que elas sintam isso e tenham vontade de vir”, antecipa o programador.

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Pedro Magalhães
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