PCP pede ao Governo camas para universitários enquanto residências não se concretizam

A Organização Regional de Braga do PCP espera que “a concretização da iniciativa Governo Mais Próximo em Braga não se limite a um mero ato de propaganda”. Em comunicado enviado às redações os comunistas enumeram uma série de matérias que devem ser abordadas pelo Conselho de Ministros que se realiza esta quinta-feira, no Mosteiro de Tibães.
Uma das 27 reivindicações está relacionada com o “aumento do número de camas para estudantes do ensino superior, nomeadamente enquanto não se concretizam os projetos de novas residências públicas em Braga, Guimarães e Barcelos”. Ainda na área da Educação, o PCP alerta para o “aumento urgente das vagas em creches e criação de uma rede pública de creches, obras de requalificação, nomeadamente na EB 2,3 Frei Caetano Brandão, em Braga, e nas escolas secundárias de Amares, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho e Barcelinhos, e na Escola Padre Benjamim Salgado, em Vila Nova de Famalicão.
Na área da saúde, o novo hospital de Barcelos é um dos investimentos reivindicados pelo PCP, que aponta ainda a conclusão das obras de beneficiação no Hospital de Guimarães e de Famalicão. Em Braga, pedem a ampliação do Hospital e o melhoramento das condições de funcionamento dos centros de saúde, desde remover barreiras arquitetónicas ao alargamento dos horários de funcionamento. O reforço do número de médicos, enfermeiros e auxiliares de saúde também consta na lista.
Na habitação, o PCP reforça a importância de aumentar a habitação pública, garantir condições de habitabilidade para centenas de habitações existentes no distrito e que são da responsabilidade do Estado/Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), nomeadamente dos bairros sociais propriedade do Estado, bem como considera prioritário combater a especulação imobiliária.
Ligação ferroviária entre Braga e Guimarães volta a ser reivindicada pelo PCP
No capítulo dos transportes públicos e mobilidade, a ligação ferroviária entre Braga e Guimarães é há muito uma reivindicação dos comunistas, assim como o reforço das verbas do PART (Programa de Apoio à Redução Tarifária), concretizando-o em toda a sua abrangência. O PCP pede ainda ao Governo que pondere a existência de um passe social intermodal – um título único para todos os transportes, similar ao Andante, no Porto, ou Navegante, em Lisboa – com preço máximo de 40€ nos territórios das CIM do Cávado e do Ave, em articulação com a Área Metropolitana do Porto.
No que diz respeito ao desenvolvimento económico, o PCP alerta para a necessidade da implementação de medidas de apoio ao setor produtivo e para a construção da Barra de Esposende e desassoreamento do Rio Cávado e medidas para melhores condições de trabalho e rendimento dos pescadores de Esposende e Apúlia.
“Os tribunais, conservatórias e forças e serviços de segurança necessitam de mais investimento e recursos humanos para melhorar as condições de atendimento dos cidadãos e de trabalho dos seus profissionais e a Segurança Social carece de meios humanos e materiais para responder às suas responsabilidades”, apontam.
A pasta da Cultura é também chamada a atenção pelos comunistas, que reivindicam “o apoio para o desenvolvimento de atividade de grupos, companhias e festivais independentes, um plano para a preservação do património material e para a valorização do património arqueológico e arquitetónico (Recolhimento das Convertidas, Teatro Romano de Braga, Mosteiro de Tibães, Palácio dos Duques, Museu Alberto Sampaio, Museu D. Diogo de Sousa, Igreja de Serzedelo, Ponte de Serves, Mosteiro de Rendufe)”.
Por fim, é mencionada a valorização “do Parque Nacional Peneda-Gerês e do Parque Natural Litoral Norte, intervenção nas bacias hidrográficas bem como na Orla Costeira”. De Braga segue ainda o pedido para a existência de “um plano florestal e o reforço dos meios do Banco Português de Germoplasma Vegetal (Merelim S.Pedro)”.
Os comunistas acusam ainda o Governo de atuar em função dos “grandes interesses económicos e financeiros” e alertam para o facto de o distrito de Braga se encontrar “marcado por problemas e atrasos resultantes das opções do Governo e das suas convergências com PSD, CDS, Chega e IL”.
