PCP critica “campanhas vergonhosas” pela privatização do SNS
A Direção da Organização Regional de Braga do PCP crítica as campanhas “vergonhosas” de PSD, CDS, Chega e Iniciativa Liberal que defendem a privatização do Hospital de Braga, favorecendo os interesses dos grupos privados do setor. No entender do partido, o encerramento temporário de urgências nos Hospitais de Braga e Barcelos e as dificuldades de funcionamento de diversas unidades de cuidados primários de saúde confirmam a necessidade de investimento do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Tânia Silva, da organização regional de Braga do PCP, afirma que a atual situação é “grave”. “Vimos denunciar esta campanha, estas manobras oportunistas que têm acontecido, nomeadamente de setores políticos e sociais”, começa por dizer. “Aquilo que está a acontecer no Hospital de Braga não se resolve com uma nova PPP, resolve-se melhorando as condições de trabalho dos médicos e do pessoal técnico, com carreiras dignas e naturalmente com a progressão no desenvolvimento profissional”, refere.
Para os comunistas os problemas do hospital não resultam do fim das PPP, mas sim da falta de investimento no Serviço Nacional de Saúde. “Em tempos passados tivemos a prova viva de que com as PPP estes problemas também aconteciam, nomeadamente o fecho do Serviço de Urgência Pediátrica que acontecia todas as noites e que, neste caso em concreto, nem era necessariamente pela falta de profissionais, era por opção da própria administração e nessa altura não víamos nem o presidente da Câmara Municipal de Braga, nem outros órgãos políticos a manifestarem-se”, denuncia.
“Uma das razões para votarmos contra o Orçamento de Estado foi exatamente por esta desresponsabilização do Governo no investimento no SNS”, explica. “Esse investimento passa naturalmente por melhores remunerações dos profissionais, garantir uma progressão na carreira e aplicar medidas urgentes como aquelas que o PCP tem recorrentemente apresentado na Assembleia da República e que tem merecido o voto contra quer do PSD, quer do PS, do Chega e da Iniciativa Liberal”, aponta.
