Pavilhão onde joga o Xico Andebol necessita de obras de meio milhão

O Pavilhão Francisco de Holanda, em Guimarães, casa do Xico Andebol, necessita de uma intervenção profunda e o mau tempo das últimas semanas agravou a situação já muito frágil do equipamento desportivo que corre o risco de ficar inutilizado. Segundo estimativas da atual direção, presidida por Mauro Fernandes, são necessários 500 mil euros para colocar o pavilhão com as condições ideais. Só na fatura de eletricidade, o clube gasta cerca de 25 mil euros por ano.
Em declarações à RUM, o presidente do clube vimaranense, Mauro Fernandes referiu que os alertas já têm sido feitos junto do município vimaranense que – nos anos mais recentes, – se viu impedido de transferir qualquer verba para o clube para obras, por uma questão legal do licenciamento do pavilhão. Em causa o desgaste de “alguns equipamentos” além do telhado. Há mais de um mês intensificaram-se as infiltrações, que se agravaram na semana passada com o levantamento de “parte do telhado e da tela”, que exigiu uma intervenção “urgente”, mas provisória. O piso de madeira é outra preocupação, estimando-se que em breve “levante e torne inviável as aulas de educação física de cinco escolas, assim como a atividade do clube”.
Há um mês, o presidente do município de Guimarães comprometeu-se com a direção do clube a apresentar um pedido de apoio excecional em sede de reunião camarária. Avançando com esse apoio, o mesmo servirá para o telhado e para o piso. “Uma intervenção importante, mas continuamos a remediar com base na emergência, mas o que é preciso é estrutural”, explica, lembrando que o equipamento “não tem manutenção há muitos anos”. As caldeiras antigas já começaram a ser subsituídas pontualmente, mas num esforço que é exigente para as contas do clube. Também por isso, Mauro Fernandes considera que “é o momento de encarar de frente” a requalificação integral.
“O Xico Andebol tem feito investimentos de segurança. Estamos a rever o sistema de incêndios, implementamos serviço de vídeo-vigilância e colocamos um desfribilador”, explicou. Nos meses recentes, depois de um conjunto de orçamentos solicitados, a direção do clube de andebol vimaranense apurou que o investimento “para garantir as condições ideias, pelo menos meio milhão de euros seria preciso para restaurar balneários, caldeiras, iluminaçção”. Certo é que o clube “já não tem sustentabilidade financeira para manter as portas abertas”. “O apoio municipal no ano passado foi de 25 mil euros para eventos e para a formação, isto não chega para pagar a luz neste momento”, já que a iluminação atual tem consumos “elevadíssimos”.
O presidente do Xico Andebol defende que chegou a hora de Guimarães, do município e dos vimaranenses retribuirem aquilo que o clube tem dado à sociedade ao longo dos anos. “Os parceiros privados são quem nos tem mantido à tona da água. Achamos que é uma responsabilidade não só do clube e do município. A sociedade deve ver o valor que o clube tem até na componente social ao longo dos anos. Teve sempre um papel orientador nos jovens”, explicou. Aliás, Mauro Fernandes admite sentir-se “um bocado envergonhado por ter um equipamento com esta importância no centro da cidade e que está completamente abandonado e desprezado pelos vimaranenses em geral”.
