Parque da Mumadona. Oposição acusa Câmara de “empurrar problema com a barriga”

Apesar dos problemas identificados em termos de acessibilidade, a Câmara Municipal de Guimarães não pode intervir no parque de estacionamento da Condessa Mumadona. Para isso precisa de permissão de Álvaro Siza Vieira, arquiteto responsável pela obra e que detém propriedade intelectual sobre o espaço.
O assunto foi levado à reunião de executivo municipal desta segunda-feira pela oposição, alertando que é um cenário que se arrasta desde a inauguração, há 16 anos. Bruno Fernandes lamenta a demora no processo e acusa a Câmara Municipal de se ter “esquecido do problema” e de agora estar a “empurrá-lo com a barriga”.
“Uma cidade não pode ter um parque de estacionamento que não permite um acesso correto e digno a quem tem dificuldades de acessibilidade, nomeadamente a pessoas portadoras de deficiência, a quem apresenta limitação temporária ou quem necessita de transportar carrinhos de bebé”, adverteo vereador da coligação Juntos por Guimarães.
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães comunga da preocupação demonstrada pelo vereador da coligação formada por PSD/CDS. Perante a necessidade de haver luz verde por parte do arquiteto, o socialista Domingos Bragança lembra que já tentou chegar a acordo com Álvaro Siza Vieira para a colocação de um elevador naquele local.
No entanto, explica o autarca, as condições apresentadas pelo responsável da obra exigiam “uma intervenção global em todo o parque”, algo que não era viável financeiramente para a câmara. Salientando que “o elevador faz muita falta”, Domingos Bragança garante que vai “pegar de novo no assunto” e dar novidades “numa das próximas reuniões de executivo municipal”.
