Parceria entre UMinho e Bosch é “dos projetos mais emblemáticos” do Norte 2020
A parceria entre a Universidade do Minho e a Bosch de Braga é, para o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) ”um dos projetos mais emblemáticos” entre aqueles que foram financiados pelo Norte 2020. A informação foi avançada, esta segunda-feira, na 14.ª reunião do Comité de Acompanhamento do Norte 2020, que decorreu, no Teatro Jordão, em Guimarães.
Para António Cunha, trata-se de “um projeto que foi transformador para a economia da região”, realçando o facto de se tratar de uma parceria entre o público e o privado. “É um exemplo de que podemos ter um grande impacto dos fundos europeus também na atividade privada”.
O presidente da CCDR-N admitiu a possibilidade de alguns dos projetos do Norte 2020 serem cancelados devido ao aumento dos preços nas obras públicas e da escassez de matérias-primas. Algumas das questões relacionadas com a revisão dos preços carece de “alterações a nível regulamentar”, que dependem de “decisões da Comissão Europeia e do Governo”. Segundo Cunha, “um quadro de maior flexibilidade para análise da revisão de preços certamente que ajudaria a este processo”.
As metas de execução do Norte 2020 para 2021 ultrapassaram as expectativas e atingiram os 62,3%. No entanto, há alguma apreensão face às metas traçadas para 2022 e 2023.“Faltam 38% em dois anos, quer dizer que as metas para os próximos dois anos são muito exigentes”, disse, lembrando ainda que “1% são 37 milhões de euros”, e os 20% necessários para atingir as metas deste ano rondam os 600 milhões de euros. Os concelhos do Minho receberam um apoio financeiro de 2921 milhões de euros, até ao final do ano passado.
A Comissão Europeia já transferiu para Portugal, no âmbito do Portugal 2020, 18 mil 847 milhões de euros até março, ficando o país em primeiro lugar entre os Estados com maiores envelopes financeiros.
No total, Bruxelas já transferiu para Portugal 69,6% do valor programado.
