Pandemia mais do que duplica pedidos de bolsa de estudo

É um sinal do impacto imediato que as medidas de confinamento tiveram nas finanças das famílias dos alunos que frequentam as universidades. De 18 de março a 24 junho (quando foi declarado o estado de emergência até ao final do prazo), 662 estudantes do Ensino Superior pediram bolsa de estudo, escreve hoje o Jornal de Notícias.


Este ano o prazo para as candidaturas foi excepcionalmente prolongado até 24 de Junho. Mas, se forem tidos em conta apenas os meses de Abril e Maio dos dois anos lectivos (em 2018/2019 o prazo terminou a 31 de Maio), verifica-se um crescimento de 201 para 473. Ou seja, mais do dobro de pedidos de bolsa de estudo por insuficiência económica. A estes somam-se ainda os 141 pedidos entregues no período excecional, entre 1 e 24 de junho.

As bolsas de estudo são atribuídas pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior a famílias carenciadas. No ano lectivo que agora está a acabar (2019/2020), o número de alunos do Ensino Superior em dificuldades económicas até estava a baixar. Nas contas ao ano completo, foram pedidas 97 829 bolsas, menos 430 do que no ano anterior. Segundo a tutela, foram atribuídas mais de 71 mil bolsas.

Mas o cenário mudou a partir do momento em que foi declarado o estado de emergência. Daí em diante, adiantou fonte oficial do ministério gerido por Manuel Heitor, o número de pedidos começou a disparar.

Dos 662 pedidos de ajuda, até sexta-feira, mais de um terço tinham sido recusados (263). Outro terço está em análise ou a aguardar informações dos alunos (235). Deferidos estavam 164 pedidos – mais do que os 139 do ano anterior. o Estado por não estar a apoiar os alunos, através da disponibilização de quartos acessíveis.


JN

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Carolina Damas
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