Pandemia interrompeu “percurso interessante da internacionalização das universidades”

Rui Vieira de Castro diz que a UMinho terá que encontrar uma solução para contornar o impacto da pandemia na internacionalização. O reitor da academia minhota juntou-se ao reitor da Universidade de Aveiro, na última sessão do Partilha IDEAS, iniciativa organizada pelo Centro IDEA da academia minhota.
Para Rui Vieira de Castro, “a internacionalizaçao é vital” e, por isso, terão que ser encontradas soluções para a academia se adequar “às circunstâncias”.
“Pode acontecer que seja inviável a circulação de pessoas entre países e isso vai por em causa alguns aspectos essenciais da internacionalização, mas não é credível que isso venha a contecer para a generalidade dos países”, afirmou. A pandemia, diz o reitor da UMinho, interrompeu “um percurso interessante que as universidades
portuguesas estavam a fazer no sentido de garantir uma progressiva internacionalização”. “Aquilo que estavamos a conseguir em termos de recrutamento de estudantes estrangeiros ou no âmbito da mobilidade in e out vai ser afectado”, apontou Rui Vieira de Castro. Segundo o reitor, ainda não há “orientações claras” no que diz respeito ao programa Erasmus, “que é obviamente perturbadora”.
Futuro do ensino superior será com “ensino a distância e, simultaneamente, actividade presencial”
Os reitores da UMinho e da Universidade de Aveiro falaram do futuro do ensino superior.
Para Paulo Ferreira o desafio imposto pela pandemia tornou-se numa numa “grande oportunidade para o ensino superior português”.
“A adopção de metodologias mais complexas, de diferentes suportes tecnológicos, podem tornar o processo educativo mais adequado às necessidades das novas gerações”, acrescentou Rui Vieira de Castro. O arranque do próximo ano lectivo é ainda certo, mas para o reitor da Universidade de Aveiro a comunidade académica deve estar preparada para “viver com processos de ensino a distância e, simultaneamente, com actividade presencial”. Uma fórmula já adoptada pela UMinho, que ainda trabalha “cenários diversos”, mas que incorporam “a restrição de utilização dos espaços”. O reitor adiantou ainda que, por exemplo, uma das unidades orgâncias da UMinho “decidiu criar um regime de três turnos, que começam às 6 da manhã e acabam à 1 da madrugada para assegurar a sua actividade”.
