PAN preocupado com desflorestação em Lousado; Autarquia de Famalicão desconhece situação

A Comissão Política Concelhia do PAN de Vila Nova de Famalicão está “preocupada” com a desflorestação em Lousado e questiona a autarquia local. De acordo com o partido, durante a semana passada foram iniciados os trabalhos de desmatamento de uma zona arbórea da freguesia de Lousado, entre a Rua das Cavadas e a Rua Continental Mabor, que levantou dúvidas junto dos moradores sobre a finalidade da ação.
Segundo Sandra Pimenta, porta-voz da concelhia famalicense do partido, “alegadamente terá havido um abate de um número considerável de árvores numa das escassas áreas verdes em Lousado”. “Vários moradores fizeram chegar ao partido diversos pedidos de esclarecimento e, neste sentido, endereçamos um e-mail a questionar a autarquia e a própria empresa“, indica.
Para o partido é “crucial obter clarificações” sobre o tipo de construção que será eventualmente desenvolvida, assim como a classificação do local, no âmbito do PDM. Segundo o que o PAN conseguiu apurar, os moradores desconhecem a finalidade da intervenção, mas acreditam que poderá ser para “um potencial aumento das instalações da empresa ou para a construção de pavilhões”.
Sandra Pimenta fala ainda em “desequilíbrio ambiental que prejudica a qualidade de vida dos habitantes”, lembrando que esta “é uma população já afetada pela emissão de odores associados à produção industrial naquele território”. A porta-voz apela ainda à autarquia que “não se esqueça das bandeiras da sustentabilidade e da neutralidade carbónica que, de vez em quando, se lembra de abanar”.
Autarquia famalicense desconhece situação
Ora, contactada pela RUM, a Câmara Municipal de Famalicão revelou “não ter conhecimento de qualquer intenção de ampliação da Continental ou de outra empresa no terreno sinalizado, nem existe qualquer processo de licenciamento na nossa autarquia para o mesmo”.
A autarquia famalicense acrescenta ainda, na nota enviada à universitária, “que, embora não tenha sido fornecido o limite rigoroso da alegada área desflorestada, após análise técnica, verifica-se que o terreno deverá estar parcialmente ou totalmente qualificado como Espaço Florestal de Produção, podendo, ainda, haver uma parte qualificada como Espaço de Atividades Económicas (Urbanizável)”.
