Pais de crianças com necessidades específicas ainda sem resposta para “pontas”

A vereadora da Educação na Câmara Municipal de Braga, Carla Sepúlveda, não se compromete com uma resposta efetiva já no arranque do próximo ano letivo para as 44 famílias que não têm onde deixar os seus filhos com necessidades específicas no período anterior e posterior às aulas, as chamadas ‘pontas’.

Esta segunda-feira, o ‘movimento pais em luta’ marcou presença na reunião de câmara na tentativa de obter esclarecimentos adicionais, mas tal como adiantou na semana passada à imprensa local, Carla Sepúlveda explicou que o município  continua a estudar o plano mais adequado para uma resposta que, admite, “é complexa”. Nos estabelecimentos escolares de Braga não há, nesta altura, um espaço disponível para acolher 44 crianças com necessidades específicas antes e depois das aulas e está descartado um modelo individual para cada escola como solução. 

Dos 44 pais que solicitaram este apoio do município para o período anterior e posterior às aulas, alguns deles admitiram, na própria reunião de câmara, recorrer a baixas médicas para garantir acompanhamento aos filhos.

Carla Sepúlveda lamentou não ter uma resposta imediata, adiantando que será agendada uma reunião entre o pelouro da Educação e os diretores dos agrupamentos de escola “para estudar a possibilidade de fazer numa ou duas escolas, à semelhança do que acontece com o programa incluIR”. “Não temos feito outra coisa que não seja procurar soluções. Estamos sensíveis como sempre estivemos, mas não é fácil encontrar um meio termo. Temos que estudar a melhor solução”, vincou.

Ao que tudo indica, a equipa do programa ‘Capacitar’ foi “sondada”, mas a avançar com uma solução, a mesma deverá resultar do lançamento de um concurso público dado o investimento direcionado para esta medida.